Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados

Objetivo: Avaliar por questionário qual o nível de facilidade ou dificuldade para aplicação tópica de medicações oculares: vaporização em olho fechado ou instilação de gotas em olho aberto e constatar por meio da observação de pacientes pelos autores qual o método que foi utilizado com maior adequa...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Arlindo José Freire Portes, Bruna Dantas Dias da Silva, Laura Beliene Ramos Vieira, Fernando Moreira dos Santos, Nathalya Coutinho Gonçalves de Moraes
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2014-04-01
Series:Revista Brasileira de Oftalmologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802014000200098&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Objetivo: Avaliar por questionário qual o nível de facilidade ou dificuldade para aplicação tópica de medicações oculares: vaporização em olho fechado ou instilação de gotas em olho aberto e constatar por meio da observação de pacientes pelos autores qual o método que foi utilizado com maior adequação técnica para aplicação de drogas tópicas oculares. Métodos: A pesquisa foi um ensaio clínico pareado e randomizado, realizada nos meses de agosto e setembro de 2012 no ambulatório de Oftalmologia da Policlínica Ronaldo Gazolla (Campus Arcos da Lapa, Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá, RJ) em 50 pacientes conveniados de planos de saúde ou do SUS. Foi utilizado um frasco de colírio e um de vaporizador com solução Optive®. Cada participante aplicou em um dos olhos a solução por vaporização ou instilação de gotas através de um processo randomizado. Foi perguntado aos pacientes questões pré-formuladas sobre a praticidade de ambos os métodos e observada à técnica de aplicação. Resultados: 32% acharam difícil ou muito difícil a vaporização em olho fechado e 34% a instilação de colírio (p=0,9562). A dificuldade mais comum para ambos os métodos foi "acertar o olho" e ocorreu em 53% dos pacientes que tiveram dificuldades para vaporização e por 65%dos que apresentaram dificuldade para aplicação de colírio. 38% dos pacientes necessitaram de mais de uma instilação para aplicação do colírio, enquanto 30% dos pacientes precisaram de mais de uma aplicação para que a droga vaporizada tivesse contato com o olho (p=0,5224). Em 74% dos pacientes houve toque da ponta do colírio com os cílios, já com o vaporizador não houve um toque do orifício do vaporizador com o dedo do paciente (p=0,5433). Conclusão: A maior facilidade ou dificuldade percebida pelos pacientes foi equivalente para instilar o colírio em relação à vaporização em olho fechado. O método da vaporização foi realizado mais adequadamente devido à frequência elevada de toques da ponta do colírio nos tecidos oculares.
ISSN:1982-8551