Para Além das Campanhas
Concluído o pleito eleitoral de 2014, o sentimento de polarização na democracia brasileira nunca esteve tão em alta. O cidadão se manifestou acintosamente nas redes sociais, imbuído de grande certeza quanto a seu voto e suas prerrogativas, mas muitas vezes com pouco conhecimento da diversidade e co...
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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
2014-07-01
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doaj-2c6a2c0201ce4d01b464177ef241dde32021-04-02T05:35:33ZporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroContinentes2317-88252014-07-0115Para Além das CampanhasPablo Ibañez0Professor Adjunto, Departamento de Geociências, Instituto de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Concluído o pleito eleitoral de 2014, o sentimento de polarização na democracia brasileira nunca esteve tão em alta. O cidadão se manifestou acintosamente nas redes sociais, imbuído de grande certeza quanto a seu voto e suas prerrogativas, mas muitas vezes com pouco conhecimento da diversidade e complexidade territorial desta imensa nação. É certo que, no primeiro turno, muitos eleitores decidiram seus votos de última hora, assim como houve alta abstenção, mas, como resultado final, pudemos observar um mapa do país em vermelho e azul, alta e baixa renda, regiões mais e menos desenvolvidas, enfim, dividido. O mais curioso é que apesar da polarização ter tido, teoricamente, bases assertivas claras nos eleitores das duas frentes, o volume de confusões e debates estranhos também se consubstanciou como tônica desse processo. Atribuições dos entes federativos, papel da mídia, participação popular, reforma política, modelos de desenvolvimento, funcionamento institucional, políticas de inclusão social e até mesmo pilares macroeconômicos tiveram relevante destaque, mas pouca profundidade. Em tal sentido, um olhar mais apurado para algumas dessas e outras questões, que não apareceram em destaque, parece ser fundamental na consolidação de um debate para além de apontamentos puramente eleitoreiros, bem como para a compreensão do funcionamento político-territorial do Brasil e das questões geopolíticas, pouco ou quase nada mencionadas nos debates. http://tiagomarino.com/continentes2/index.php/continentes/article/view/55 |
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Concluído o pleito eleitoral de 2014, o sentimento de polarização na democracia brasileira nunca esteve tão em alta. O cidadão se manifestou acintosamente nas redes sociais, imbuído de grande certeza quanto a seu voto e suas prerrogativas, mas muitas vezes com pouco conhecimento da diversidade e complexidade territorial desta imensa nação. É certo que, no primeiro turno, muitos eleitores decidiram seus votos de última hora, assim como houve alta abstenção, mas, como resultado final, pudemos observar um mapa do país em vermelho e azul, alta e baixa renda, regiões mais e menos desenvolvidas, enfim, dividido. O mais curioso é que apesar da polarização ter tido, teoricamente, bases assertivas claras nos eleitores das duas frentes, o volume de confusões e debates estranhos também se consubstanciou como tônica desse processo. Atribuições dos entes federativos, papel da mídia, participação popular, reforma política, modelos de desenvolvimento, funcionamento institucional, políticas de inclusão social e até mesmo pilares macroeconômicos tiveram relevante destaque, mas pouca profundidade. Em tal sentido, um olhar mais apurado para algumas dessas e outras questões, que não apareceram em destaque, parece ser fundamental na consolidação de um debate para além de apontamentos puramente eleitoreiros, bem como para a compreensão do funcionamento político-territorial do Brasil e das questões geopolíticas, pouco ou quase nada mencionadas nos debates.
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