O museu é uma fábrica?

Em 1968, o filme La hora de los Hornos, exibido especificamente em fábricas de forma clan­destina, foi um manifesto de grande repercussão do Terceiro Cinema contra o neocolonia­lismo na América Latina. Nas fábricas, a cada nova exibição, era pendurado um banner que tinha impresso o seguinte texto:...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Hito Steyerl, Beatriz Pimenta Velloso, Alberto Harres
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Fluminense (UFF) 2018-09-01
Series:Poiésis
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uff.br/poiesis/article/view/22665
Description
Summary:Em 1968, o filme La hora de los Hornos, exibido especificamente em fábricas de forma clan­destina, foi um manifesto de grande repercussão do Terceiro Cinema contra o neocolonia­lismo na América Latina. Nas fábricas, a cada nova exibição, era pendurado um banner que tinha impresso o seguinte texto: “Todo espectador é um covarde ou um traidor”. Sessões de cinema cuja principal intenção era quebrar as distinções entre cineasta e público, autor e produtor, para assim criar uma esfera de ação política. Hoje, filmes políticos não são mais exibidos nas fábricas. Eles são mostrados no museu ou na galeria – no espaço da arte. Ou mesmo, em qualquer tipo de cubo branco. Como isso aconteceu?
ISSN:2177-8566