Representações médicas e de gênero na promoção da saúde no climatério/menopausa
Sendo a atenção integral à saúde um desafio às práticas multidisciplinares no âmbito dos serviços públicos de saúde, tomamos como eixo de discussão a crítica à transmissão vertical de informações, o que implica refletir sobre o papel ativo dos sujeitos na abordagem dos fenômenos saúde/doença. Atravé...
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Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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doaj-2bccc0ebe8f64751a53d4f7ed820b2812020-11-25T03:20:07ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1413-81231678-456193751762S1413-81232004000300026Representações médicas e de gênero na promoção da saúde no climatério/menopausaEliana Azevedo Pereira de MendonçaSendo a atenção integral à saúde um desafio às práticas multidisciplinares no âmbito dos serviços públicos de saúde, tomamos como eixo de discussão a crítica à transmissão vertical de informações, o que implica refletir sobre o papel ativo dos sujeitos na abordagem dos fenômenos saúde/doença. Através de práticas educativas na assistência à mulher no climatério em um ambulatório no Rio de Janeiro, observamos que as construções de gênero operam de forma incisiva nas vivências das usuárias. Através de imagens, símbolos e representações expressaram o sentimento de perda em várias direções: insegurança face aos sintomas de natureza física e psicológica antes não vivenciados, menos-valia pelo desprezo às suas queixas, medo do desconhecido diante das representações negativas da menopausa. Tornar inteligíveis as representações sociais de um dado grupo sobre o objeto menopausa implica analisar a eficácia dos discursos em relação às mudanças fisiológicas da mulher nessa etapa da vida, e iniciar um processo de troca entre população e profissionais no sentido de (re)construí-las a partir da crítica às representações dominantes que sustentam relações de poder, favorecendo a expressão dos sentimentos e emoções de maneira a possibilitar à mulher ser sujeito de sua saúde e ampliar o olhar e a sensibilidade dos profissionais da saúde.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232004000300026&lng=en&tlng=enhealth promotionsocial representationseducative practicesgendermenopause |
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Sendo a atenção integral à saúde um desafio às práticas multidisciplinares no âmbito dos serviços públicos de saúde, tomamos como eixo de discussão a crítica à transmissão vertical de informações, o que implica refletir sobre o papel ativo dos sujeitos na abordagem dos fenômenos saúde/doença. Através de práticas educativas na assistência à mulher no climatério em um ambulatório no Rio de Janeiro, observamos que as construções de gênero operam de forma incisiva nas vivências das usuárias. Através de imagens, símbolos e representações expressaram o sentimento de perda em várias direções: insegurança face aos sintomas de natureza física e psicológica antes não vivenciados, menos-valia pelo desprezo às suas queixas, medo do desconhecido diante das representações negativas da menopausa. Tornar inteligíveis as representações sociais de um dado grupo sobre o objeto menopausa implica analisar a eficácia dos discursos em relação às mudanças fisiológicas da mulher nessa etapa da vida, e iniciar um processo de troca entre população e profissionais no sentido de (re)construí-las a partir da crítica às representações dominantes que sustentam relações de poder, favorecendo a expressão dos sentimentos e emoções de maneira a possibilitar à mulher ser sujeito de sua saúde e ampliar o olhar e a sensibilidade dos profissionais da saúde. |
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