Summary: | Uma grande parcela da população brasileira é constituída de adolescentes, idade compreendida dos 12 aos 19 anos. Nesse período da vida do ser humano, ocorrem diversos fatores comportamentais envolvendo a sexualidade que intrigam muitos pesquisadores, professores e pais.De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Educação Sexual deve ser trabalhada nas escolas como tema transversal. O objetivo deste trabalho foi verificar a percepção e atitudes em relação à Educação Sexual entre professores Indígenas do Ensino Fundamental de uma escola rural do município de Dourados-MS, cujos alunos matriculados são, em sua maioria, indígenas. O trabalho foi desenvolvido entre Julho e Agosto de 2010. Esta escola tem 950 alunos matriculados desde a Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental, e seus discentes e a maioria dos docentes são originários da Aldeia Jaguapirú. As etnias constituintes são Terena, Guarani-Ñandeva e Kaiowá. A coleta de dados foi realizada através de um questionário respondido individualmente pelos docentes indígenas. Os resultados mostram que os professores consideram importante trabalhar a Educação Sexual no Ensino Fundamental envolvendo as diferentes áreas do conhecimento e com auxílio de profissionais da área da saúde. A maior parte dos professores trabalha ou já trabalhou esse tema em suas aulas, e considera os alunos receptivos e interessados; no entanto, alguns professores têm dificuldade em abordar o tema. Uma das dificuldades encontrada está relacionada com a pouca aceitação dos pais, evidenciando a necessidade de orientação dos mesmos sobre o tema. Os Parâmetros Curriculares Nacionais garantem que a Educação Sexual deve começar ainda nos primeiros anos escolares.
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