Summary: | Este artigo examina relações de A câmara clara com diferentes tipos de saber e os parâmetros discursivos que os constituem, buscando no livro respostas barthesianas à questão de escrita “Como orientar as escolhas (de tema, de abordagem, de interlocutores, de referências, de gênero textual, de linguagem)?” Discute também a dimensão epistemológica e ética da adoção de uma pertença intermitente, preocupada com os valores efetivados nas escolhas de linguagem constituintes da atividade intelectual. Este texto propõe, sobretudo, mostrar que as inquietações de Barthes quanto à prática crítica e a alguns de seus parâmetros e pressupostos florescem em discussões epistemológicas, propostas teóricas e aspectos composicionais não ortodoxos, e demonstrar como elas afirmam, refutam e desviam traços e elementos modelares de discursividades ligadas ao Saber consagrado.
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