A teoria do novo individualismo
Resumo Neste artigo busco atingir dois objetivos principais: primeiro, examinar e reiterar a teoria de um “novo individualismo” que detalhei em escritos recentes de teoria social. Afirmo que hoje presenciamos as condições e consequências de um novo individualismo que varre o mundo e que se evidencia...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de Brasília
|
Series: | Sociedade e Estado |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922018000200465&lng=en&tlng=en |
id |
doaj-2b056e54edc24c1188a2eef3b3f9a3d5 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-2b056e54edc24c1188a2eef3b3f9a3d52020-11-25T00:41:05ZengUniversidade de Brasília Sociedade e Estado1980-546233246548610.1590/s0102-699220183302009S0102-69922018000200465A teoria do novo individualismoAnthony ElliottResumo Neste artigo busco atingir dois objetivos principais: primeiro, examinar e reiterar a teoria de um “novo individualismo” que detalhei em escritos recentes de teoria social. Afirmo que hoje presenciamos as condições e consequências de um novo individualismo que varre o mundo e que se evidencia especialmente na nova economia financista das indústrias de mídia e comunicação. Então pergunto: como a teoria do novo individualismo difere de outros pontos de vista influentes na teoria social recente? Para os propósitos deste artigo, os pontos conceituais de comparação com a teoria do novo individualismo serão (a) a teoria das “tecnologias do eu”, conforme elaborada por Michel Foucault e vários neofoucaultianos; e (b) a noção de “individualização reflexiva” delineada por Anthony Giddens. Em segundo lugar, discutirei ramificações sociológicas mais amplas da nova tese sobre o individualismo. O novo individualismo, argumentarei, não se refere meramente a indivíduos ou a suas disposições psicológicas; em vez disso, penetra até o cerne do núcleo da cultura e da vida institucional. Novo individualismo é, portanto, uma espécie de taquigrama para vários processos que moldam, e que são moldados, pelas transformações sociais globais. Os principais condutores institucionais do novo individualismo sobre os quais vou dissertar são (a) reinvenção contínua, (b) mudança instantânea, (c) velocidade e (d) o curto prazo, ou episodicidade. Concluo tecendo considerações sobre as prováveis consequências sociológicas futuras do viver-se a vida na via expressa do novo individualismo.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922018000200465&lng=en&tlng=enNew individualismReflexive individualizationSelf technologiesGlobal transformations |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Anthony Elliott |
spellingShingle |
Anthony Elliott A teoria do novo individualismo Sociedade e Estado New individualism Reflexive individualization Self technologies Global transformations |
author_facet |
Anthony Elliott |
author_sort |
Anthony Elliott |
title |
A teoria do novo individualismo |
title_short |
A teoria do novo individualismo |
title_full |
A teoria do novo individualismo |
title_fullStr |
A teoria do novo individualismo |
title_full_unstemmed |
A teoria do novo individualismo |
title_sort |
teoria do novo individualismo |
publisher |
Universidade de Brasília |
series |
Sociedade e Estado |
issn |
1980-5462 |
description |
Resumo Neste artigo busco atingir dois objetivos principais: primeiro, examinar e reiterar a teoria de um “novo individualismo” que detalhei em escritos recentes de teoria social. Afirmo que hoje presenciamos as condições e consequências de um novo individualismo que varre o mundo e que se evidencia especialmente na nova economia financista das indústrias de mídia e comunicação. Então pergunto: como a teoria do novo individualismo difere de outros pontos de vista influentes na teoria social recente? Para os propósitos deste artigo, os pontos conceituais de comparação com a teoria do novo individualismo serão (a) a teoria das “tecnologias do eu”, conforme elaborada por Michel Foucault e vários neofoucaultianos; e (b) a noção de “individualização reflexiva” delineada por Anthony Giddens. Em segundo lugar, discutirei ramificações sociológicas mais amplas da nova tese sobre o individualismo. O novo individualismo, argumentarei, não se refere meramente a indivíduos ou a suas disposições psicológicas; em vez disso, penetra até o cerne do núcleo da cultura e da vida institucional. Novo individualismo é, portanto, uma espécie de taquigrama para vários processos que moldam, e que são moldados, pelas transformações sociais globais. Os principais condutores institucionais do novo individualismo sobre os quais vou dissertar são (a) reinvenção contínua, (b) mudança instantânea, (c) velocidade e (d) o curto prazo, ou episodicidade. Concluo tecendo considerações sobre as prováveis consequências sociológicas futuras do viver-se a vida na via expressa do novo individualismo. |
topic |
New individualism Reflexive individualization Self technologies Global transformations |
url |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922018000200465&lng=en&tlng=en |
work_keys_str_mv |
AT anthonyelliott ateoriadonovoindividualismo AT anthonyelliott teoriadonovoindividualismo |
_version_ |
1725287295832031232 |