A Influência da Geologia nos Estudos dos Movimentos de Massa Ocorridos na Região de Nova Friburgo em 2011, Estado do Rio de Janeiro
A área da bacia hidrográfica do Córrego Dantas, localizada em Nova Friburgo, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, está inserida em parte de um importante orógeno do sudeste do Brasil, a Faixa Ribeira Central. Essa região apresenta um histórico de movimentos de massa catastróficos relacionad...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2017-09-01
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Series: | Anuário do Instituto de Geociências |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2017_3/2017_3_377_385.pdf |
Summary: | A área da bacia hidrográfica do Córrego Dantas, localizada em Nova Friburgo, região serrana do Estado do
Rio de Janeiro, está inserida em parte de um importante orógeno do sudeste do Brasil, a Faixa Ribeira Central. Essa
região apresenta um histórico de movimentos de massa catastróficos relacionados à precipitações extremas. O evento
mais importante ocorreu em janeiro de 2011, sendo noticiado pela ONU como um dos maiores eventos climáticos
extremos no mundo e o maior já registrado no Brasil. Deste modo, torna-se relevante o estudo da geologia em escala
de detalhe dessa área sobre o ponto de vista geotécnico, seja pelas rochas, pelas estruturas e pelo contraste topográfico.
Para tanto as rochas da região foram cartografadas e pelo menos seis unidades litológicas foram reconhecidas. Dentre
as estruturas geológicas existentes nessa área, as fraturas se destacam para estudos relacionados a movimento de
massa. Por isto, para melhor compreender a arquitetura dessas fraturas, foram escolhidos três afloramentos, onde
aplicou-se o método de Davis, que visa quantificar as fraturas de modo que seja possível calcular a densidade e a
penetratividade das mesmas nesses afloramentos. Obteve-se como resultado a identificação de duas famílias principais
de fraturas tectônicas, ambas com alto ângulo de megulho para SE e NE, predominando aquelas para SE. Além disto,
foi constatado que as fraturas de alívio mergulham aproximadamente 20º para NW, quando a rocha não apresenta
foliação tectônica, já quando tem foliação o ângulo de mergulho varia de 20 a 60° NW. O estudo sugere que a rocha
que mais influenciou os deslizamentos foram os gnaisses, pois são rochas mais deformadas e fraturadas da área. Isso
facilitou sua alteração intempérica, produzindo um solo arenoso rico em quartzo com pouca matriz argilosa. O granito
equigranular fino/médio não apresenta tantas fraturas e não tem foliação tectônica. A petrografia mostrou uma forte
alteração dos cristais de feldspatos, principalmente plagioclásio, para mica branca, o que provavelmente colaborou
para a ocorrência de deslizamentos ocorridos nesta litologia. |
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ISSN: | 0101-9759 1982-3908 |