Summary: | Introdução: As infecções de sítio cirúrgico em pacientes submetidos a procedimentos neurológicos contribuem para o desenvolvimento e complicações, pois constituem séria ameaça à segurança do paciente. Objetivo: Caracterizar o perfil das infecções de sítio cirúrgico em pacientes submetidos a neurocirurgias em um hospital-escola do Paraná. Método: Estudo retrospectivo, de fonte documental, quantitativo, realizado no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Os dados foram coletados e organizados em tabelas e analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram notificadas 439 infecções de sítio cirúrgico e, destas, 10,0% (n = 44) fizeram parte da amostra. Houve predomínio do sexo masculino, 72,7% (n = 32), e a média de idade dos participantes foi de 31,2 anos. O tempo médio de internação foi de 82,5 dias. O implante de derivação ventricular peritoneal ou externa foi o procedimento cirúrgico realizado em 40,9% (n = 18) dos pacientes e, segundo o potencial de contaminação, 100,0% das cirurgias foram classificadas como limpas. Foram 68,1% (n = 30) de infecções clinicamente definidas como infecção de sítio cirúrgico de órgão cavidade, prevalecendo em 33 (75,0%) casos. O microrganismo prevalente foi Pseudomonas spp., com 42,9% (n = 6). Para o desfecho dos casos, 29,5% (n = 13) dos pacientes desenvolveram outras infecções, 93,1% (n = 41) tiveram alta hospitalar e 6,8% (n = 3) dos pacientes evoluíram a óbito. Conclusões: As infecções de sítio cirúrgico influenciam diretamente a saúde do paciente neurológico, sendo necessária a implementação de estratégias que visem reduzir as estatísticas e promovam a segurança do paciente.
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