Summary: | O presente trabalho tem por objetivo examinar a leitura do estoicismo por Michel Foucault, em particular o tratamento dispensado à filosofia de Epicteto, a fim de explorar sua abordagem temática da noção de “cuidado de si” na Antiguidade greco-romana. Neste sentido, o artigo pretende analisar o que Foucault entende por “cuidado de si” no contexto geral de sua genealogia ética e o deslocamento da questão do poder de um paradigma de subjugação para um outro, relacionado à auto constituição de si. Deste modo, o lugar privilegiado destinado à filosofia estóica nos trabalhos tardios de Foucault deve ser compreendido como um esforço para relacionar o sujeito da ação com o princípio da imanência ética que fundamenta a crítica foucaultiana ao sujeito.
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