O currículo escolar e a culpabilização materna
Este texto apresenta uma reflexão sobre os processos de responsabilização exclusiva das mães, empreendidos pela escola, no contexto das interações entre educadoras profissionais, mães e pais no dia-a-dia, em eventos especiais, celebrações e no trato das dificuldades apresentadas pelas crianças e jov...
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Universidade Federal da Paraíba
2010-03-01
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doaj-29c0f2587de24921ad62d395ccff48fa2020-11-25T00:01:25ZspaUniversidade Federal da ParaíbaRevista Espaço do Currículo1983-15792010-03-0122196207O currículo escolar e a culpabilização maternaAnita Leocádia Pereira dos SantosMaria Eulina Pessoa de CarvalhoEste texto apresenta uma reflexão sobre os processos de responsabilização exclusiva das mães, empreendidos pela escola, no contexto das interações entre educadoras profissionais, mães e pais no dia-a-dia, em eventos especiais, celebrações e no trato das dificuldades apresentadas pelas crianças e jovens. Entendendo o currículo como política cultural, argumenta que a escola transmite, produz e reproduz as definições sociais de sexo e gênero, determinando funções maternas e paternas através do currículo em ação, e que a culpabilização das mães, através de seus discursos e ações, constitui violência simbólica. Os dados empíricos que ilustram os argumentos e evidenciam as discriminações de gênero na relação escola–família e as ausências paternas foram obtidos por observação participante em uma escola pública de educação infantil e ensino fundamental, através de questionário aberto aplicado a educadoras e educadores cursando Pedagogia, e em experiências pessoais e profissionais das autoras. Propõe um olhar crítico de gênero sobre o currículo em ação no âmbito das relações escola-família a fim de alcançar a equidade de gênero.http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/4280/3237Curriculum in actionGender relationsSymbolic violenceSchool –family relationsMother blame |
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Este texto apresenta uma reflexão sobre os processos de responsabilização exclusiva das mães, empreendidos pela escola, no contexto das interações entre educadoras profissionais, mães e pais no dia-a-dia, em eventos especiais, celebrações e no trato das dificuldades apresentadas pelas crianças e jovens. Entendendo o currículo como política cultural, argumenta que a escola transmite, produz e reproduz as definições sociais de sexo e gênero, determinando funções maternas e paternas através do currículo em ação, e que a culpabilização das mães, através de seus discursos e ações, constitui violência simbólica. Os dados empíricos que ilustram os argumentos e evidenciam as discriminações de gênero na relação escola–família e as ausências paternas foram obtidos por observação participante em uma escola pública de educação infantil e ensino fundamental, através de questionário aberto aplicado a educadoras e educadores cursando Pedagogia, e em experiências pessoais e profissionais das autoras. Propõe um olhar crítico de gênero sobre o currículo em ação no âmbito das relações escola-família a fim de alcançar a equidade de gênero. |
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