Teologia negra: a fenomenologia do damné como caminho de humanização
Com este texto busca-se contribuir com os Estudos da Religião a partir da reabilitação da tradição do pensamento negro crítico e, ao mesmo tempo, entabular um pensamento teológico antirracista e despatriarcalizado. Assume-se, pois, a crítica decolonial que coloca em relevo o racismo epistêmico e ont...
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2019-08-01
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doaj-29b4eb368c4f4af19079942ca0dbc1102021-01-02T16:17:36ZengPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisHorizonte2175-58412019-08-0199199110.5752/P.2175-5841.2019v17n53p99120502Teologia negra: a fenomenologia do damné como caminho de humanizaçãoCleusa Caldeira0PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ -PUCPRCom este texto busca-se contribuir com os Estudos da Religião a partir da reabilitação da tradição do pensamento negro crítico e, ao mesmo tempo, entabular um pensamento teológico antirracista e despatriarcalizado. Assume-se, pois, a crítica decolonial que coloca em relevo o racismo epistêmico e ontológico que segue invisibilizando e aniquilando uma porção considerável da humanidade. No marco do diálogo epistemológico Norte e Sul, segue-se a proposta de uma ontologia relacional da gratuidade propugnada pela teologia pós-moderna niilista latino-americana, para pensar o fim da violência intersubjetiva e a instauração da intersubjetividade, isto é, o estágio harmonioso do mútuo reconhecimento. Intui-se, entretanto, que não é possível pensar em ontologia relacional fora da fenomenologia dos damnés da terra (Fanon), isto é, sem a assunção da exterioridade da Modernidade. Sem considerar o colonialismo e a colonialidade como fraturas profundas na intersubjetividade parece difícil propugnar um futuro razoável para a humanidade e o planeta, pois seguiremos cúmplices da necropolítica e sua pulsão genocida que estrutura o capitalismo global (Mbembe). Deseja-se, assim, sinalizar um novo caminho para o pensamento teológico negro com ferramentas teóricas e conceituas atualizadas.http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/20502pensamento negroteologia negrapensamento decolonialsujeitos damnésontologia relacional. |
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Com este texto busca-se contribuir com os Estudos da Religião a partir da reabilitação da tradição do pensamento negro crítico e, ao mesmo tempo, entabular um pensamento teológico antirracista e despatriarcalizado. Assume-se, pois, a crítica decolonial que coloca em relevo o racismo epistêmico e ontológico que segue invisibilizando e aniquilando uma porção considerável da humanidade. No marco do diálogo epistemológico Norte e Sul, segue-se a proposta de uma ontologia relacional da gratuidade propugnada pela teologia pós-moderna niilista latino-americana, para pensar o fim da violência intersubjetiva e a instauração da intersubjetividade, isto é, o estágio harmonioso do mútuo reconhecimento. Intui-se, entretanto, que não é possível pensar em ontologia relacional fora da fenomenologia dos damnés da terra (Fanon), isto é, sem a assunção da exterioridade da Modernidade. Sem considerar o colonialismo e a colonialidade como fraturas profundas na intersubjetividade parece difícil propugnar um futuro razoável para a humanidade e o planeta, pois seguiremos cúmplices da necropolítica e sua pulsão genocida que estrutura o capitalismo global (Mbembe). Deseja-se, assim, sinalizar um novo caminho para o pensamento teológico negro com ferramentas teóricas e conceituas atualizadas. |
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