Hologestos: produções linguísticas numa perspectiva multimodal
Este trabalho visa mapear a emergência dos gestos produzidos em situações interativas mãe-bebê, nos primeiros dezoito meses de vida do bebê, o que denominamos de hologestos. Tais gestos articulados com a produção de fala em situações interativas diádicas (holófrases), permitem compreender a emergênc...
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
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Universidade Federal do Ceará
2016-01-01
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Series: | Revista de Letras |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/index.php/revletras/article/view/1057 |
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doaj-29ad0042df8c47399b60ab897eb7c40b2020-11-25T00:15:34ZspaUniversidade Federal do CearáRevista de Letras0101-80512358-47932016-01-011311110Hologestos: produções linguísticas numa perspectiva multimodalMariane Cavalcante0Universidade Federal da ParaíbaEste trabalho visa mapear a emergência dos gestos produzidos em situações interativas mãe-bebê, nos primeiros dezoito meses de vida do bebê, o que denominamos de hologestos. Tais gestos articulados com a produção de fala em situações interativas diádicas (holófrases), permitem compreender a emergência da linguagem em aquisição, a partir de um envelope multimodal em que co-atuam quatro planos: olhar, prosódia, gesto, produção verbal. Para isso, trabalhamos com dados videografados de duas díades mãe-bebê, percorrendo os primeiros dezoito meses de vida da criança. Resultados indicam que aliar as holófrases aos primeiros usos gestuais na infância permite observar a emergência de certos gestos tais como emblemas e pantomimas. Estes gestos são coincidentes com as primeiras produções verbais (holofrásticas), e, num momento mais adiante, o surgimento da gesticulação – que por se relacionar ao fluxo da fala - vem aparecer por volta dos 15/18 meses, quando a criança já apresenta maior encadeamento verbal e sua produção de fala envolve blocos prosódicos maiores. Isto permite nos afastarmos de uma concepção de primitivismo gestual e de seu caráter pré-linguistico. Isto é, defendemos a perspectiva de que os gestos não guardam o lugar da fala na aquisição da linguagem, seu estatuto não seria pré-linguístico. Ao invés disso, consideramos o gesto como co-partícipe, já que ele constitui a matriz da linguagem. Palavras-chave: Gestos; Multimodalidade; Aquisição da linguagem.http://periodicos.ufc.br/index.php/revletras/article/view/1057 |
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Este trabalho visa mapear a emergência dos gestos produzidos em situações interativas mãe-bebê, nos primeiros dezoito meses de vida do bebê, o que denominamos de hologestos. Tais gestos articulados com a produção de fala em situações interativas diádicas (holófrases), permitem compreender a emergência da linguagem em aquisição, a partir de um envelope multimodal em que co-atuam quatro planos: olhar, prosódia, gesto, produção verbal. Para isso, trabalhamos com dados videografados de duas díades mãe-bebê, percorrendo os primeiros dezoito meses de vida da criança. Resultados indicam que aliar as holófrases aos primeiros usos gestuais na infância permite observar a emergência de certos gestos tais como emblemas e pantomimas. Estes gestos são coincidentes com as primeiras produções verbais (holofrásticas), e, num momento mais adiante, o surgimento da gesticulação – que por se relacionar ao fluxo da fala - vem aparecer por volta dos 15/18 meses, quando a criança já apresenta maior encadeamento verbal e sua produção de fala envolve blocos prosódicos maiores. Isto permite nos afastarmos de uma concepção de primitivismo gestual e de seu caráter pré-linguistico. Isto é, defendemos a perspectiva de que os gestos não guardam o lugar da fala na aquisição da linguagem, seu estatuto não seria pré-linguístico. Ao invés disso, consideramos o gesto como co-partícipe, já que ele constitui a matriz da linguagem.
Palavras-chave: Gestos; Multimodalidade; Aquisição da linguagem. |
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