Mentes no bolso: considerações neuroéticas sobre a incorporação de aplicativos de smartphones na configuração do Self
A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2021-04-01
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doaj-294dcb73b72f450b93b522380477e8f12021-04-30T18:55:12ZengUniversidade Federal de Santa CatarinaEthic@: an International Journal for Moral Philosophy1677-29542021-04-0120110.5007/1677-2954.2021.e79767Mentes no bolso: considerações neuroéticas sobre a incorporação de aplicativos de smartphones na configuração do SelfDiogo Gonçalves Vianna Mochcovitch0Maria Clara Dias1UFRJ/Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde ColetivaUniversidade Federal do Rio de Janeiro/Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues de nascença. A relação simbiótica que temos com nossos gadgets, em especial, o smartphone, lança nova luz sobre problemas neuroéticos surgidos com o uso das tecnologias de informação e comunicação, TIC. Nosso objetivo neste artigo é (1) contextualizar o uso de tecnologias digitais como extensões da mente, em especial smarthphones, e (2) discutir as questões neuroéticas provenientes desse uso. Argumentamos que as sugestões de aplicativos, através de seus algoritmos, bem como o uso de nossas informações, podem ser consideradas alterações em nossas mentes e, consequentemente, no nosso self. Por isso, procuramos, (3) oferecer algumas diretrizes para que o debate possa assumir um caráter mais preventivo para os problemas emergentes. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/79767NeuroéticaTecnologiaSmartphoneAlgoritmosSelf |
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Diogo Gonçalves Vianna Mochcovitch Maria Clara Dias |
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A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues de nascença. A relação simbiótica que temos com nossos gadgets, em especial, o smartphone, lança nova luz sobre problemas neuroéticos surgidos com o uso das tecnologias de informação e comunicação, TIC. Nosso objetivo neste artigo é (1) contextualizar o uso de tecnologias digitais como extensões da mente, em especial smarthphones, e (2) discutir as questões neuroéticas provenientes desse uso. Argumentamos que as sugestões de aplicativos, através de seus algoritmos, bem como o uso de nossas informações, podem ser consideradas alterações em nossas mentes e, consequentemente, no nosso self. Por isso, procuramos, (3) oferecer algumas diretrizes para que o debate possa assumir um caráter mais preventivo para os problemas emergentes.
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