Mentes no bolso: considerações neuroéticas sobre a incorporação de aplicativos de smartphones na configuração do Self

A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Diogo Gonçalves Vianna Mochcovitch, Maria Clara Dias
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2021-04-01
Series:Ethic@: an International Journal for Moral Philosophy
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/79767
Description
Summary:A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues de nascença. A relação simbiótica que temos com nossos gadgets, em especial, o smartphone, lança nova luz sobre problemas neuroéticos surgidos com o uso das tecnologias de informação e comunicação, TIC. Nosso objetivo neste artigo é (1) contextualizar o uso de tecnologias digitais como extensões da mente, em especial smarthphones, e (2) discutir as questões neuroéticas provenientes desse uso. Argumentamos que as sugestões de aplicativos, através de seus algoritmos, bem como o uso de nossas informações, podem ser consideradas alterações em nossas mentes e, consequentemente, no nosso self. Por isso, procuramos, (3) oferecer algumas diretrizes para que o debate possa assumir um caráter mais preventivo para os problemas emergentes.
ISSN:1677-2954