Summary: | A neurociência e os estudos da Interação Humano-Computador crescem exponencialmente. Defende-se que a realização dos processos cognitivos não depende apenas do cérebro, mas também da interação entre o agente cognitivo e diversos artefatos e, por isso, seres humanos podem ser considerados ciborgues de nascença. A relação simbiótica que temos com nossos gadgets, em especial, o smartphone, lança nova luz sobre problemas neuroéticos surgidos com o uso das tecnologias de informação e comunicação, TIC. Nosso objetivo neste artigo é (1) contextualizar o uso de tecnologias digitais como extensões da mente, em especial smarthphones, e (2) discutir as questões neuroéticas provenientes desse uso. Argumentamos que as sugestões de aplicativos, através de seus algoritmos, bem como o uso de nossas informações, podem ser consideradas alterações em nossas mentes e, consequentemente, no nosso self. Por isso, procuramos, (3) oferecer algumas diretrizes para que o debate possa assumir um caráter mais preventivo para os problemas emergentes.
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