Summary: | A doença de Chagas ainda representa importante problema médico e social nos países afetados. Em alguns deles, a extensão da doença segue desconhecida e programas de controle não foram implementados, mas, em outros, a endemia foi efetivamente minimizada mercê de controle e mudanças sociais e econômicas. Nesses casos, uma vigilância epidemiológica participativa e permanente sobre as formas de transmissão constitui, hoje, o horizonte operacional. Isso requer pesquisa aplicada e profundas reformulações no sistema de saúde, objetivando uma vigilância duradoura, eficiente e auto-sustentável, capaz de controlar, em especial, os triatomíneos em baixa densidade e presentes no espaço peridomiciliar. Por outro lado, remanesce uma população significativa de já infectados, a requerer atenção médica e previdenciária, tudo isto geralmente localizado em regiões e/ou populações mais pobres. Face ao desmonte progressivo de instituições federais como a Fundação Nacional de Saúde, no Brasil, em nome do processo de descentralização, instituições locais e regionais, bem como a comunidade, precisam assumir essa vigilância de maneira compartida e eficaz, o que pressupõe maturidade social e política dos novos atores envolvidos.
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