Imigração, ciência e saúde: controle de riscos e expansão de direitos na Bacia do Rio da Prata (1873-1911)
[pt] Este artigo analisa como o processo imigratório nos países da Bacia do Rio da Prata, em especial Brasil e Argentina, promoveu inflexões na assinatura de acordos sanitários no final do século XIX. O porto é compreendido como um dispositivo onde se definem saberes e normas e se estabelecem interv...
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Consejo Superior de Investigaciones Científicas
2016-12-01
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Series: | Asclepio: Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia |
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doaj-26e06f9de1534319a8aecf6d6220abbf2021-05-05T09:21:07ZengConsejo Superior de Investigaciones CientíficasAsclepio: Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia0210-44661988-31022016-12-01682p155p15510.3989/asclepio.2016.27691Imigração, ciência e saúde: controle de riscos e expansão de direitos na Bacia do Rio da Prata (1873-1911)Fernanda Rebelo-Pinto0Universidade Federal da Bahia[pt] Este artigo analisa como o processo imigratório nos países da Bacia do Rio da Prata, em especial Brasil e Argentina, promoveu inflexões na assinatura de acordos sanitários no final do século XIX. O porto é compreendido como um dispositivo onde se definem saberes e normas e se estabelecem intervenções sobre as populações em trânsito, em especial imigrantes. Os entraves na assinatura de convenções sanitárias entre estes países estavam não só relacionados às controvérsias no interior das comunidades médico-científicas como também às tensões políticas e econômicas vinculadas à disputa por mão de obra imigrante. Nas primeiras décadas do século XX, assistimos a um deslocamento de interesses e problemas relacionados à saúde pública. Não bastava mais só conter epidemias, os estados nacionais deveriam garantir certos benefícios às populações, em especial associados à assistência à saúde. Esta nova perspectiva é analisada a partir das compreensões e usos da ideologia liberal no que diz respeito à auto-regulação dos riscos, à coletivização de bemestar e à expansão de direitos civis e sociais, alavancados, em parte, pela inclusão da população imigrante nestas sociedades.http://asclepio.revistas.csic.es/index.php/asclepio/article/view/710imigraçãodiplomaciaepidemiasamérica do sulbiopolítica |
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Fernanda Rebelo-Pinto |
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[pt] Este artigo analisa como o processo imigratório nos países da Bacia do Rio da Prata, em especial Brasil e Argentina, promoveu inflexões na assinatura de acordos sanitários no final do século XIX. O porto é compreendido como um dispositivo onde se definem saberes e normas e se estabelecem intervenções sobre as populações em trânsito, em especial imigrantes. Os entraves na assinatura de convenções sanitárias entre estes países estavam não só relacionados às controvérsias no interior das comunidades médico-científicas como também às tensões políticas e econômicas vinculadas à disputa por mão de obra imigrante. Nas primeiras décadas do século XX, assistimos a um deslocamento de interesses e problemas relacionados à saúde pública. Não bastava mais só conter epidemias, os estados nacionais deveriam garantir certos benefícios às populações, em especial associados à assistência à saúde. Esta nova perspectiva é analisada a partir das compreensões e usos da ideologia liberal no que diz respeito à auto-regulação dos riscos, à coletivização de bemestar e à expansão de direitos civis e sociais, alavancados, em parte, pela inclusão da população imigrante nestas sociedades. |
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