Summary: | <p>O artigo centra-se em uma leitura comparativa das obras <em>K. – relato de uma busca</em> (2011) de Bernardo Kucinski e <em>Não falei</em> (2004), de Beatriz Bracher, tendo em vista o teor testemunhal relativo ao período da ditadura civil-militar brasileira e o debate que realizam acerca do conceito de culpa. A inscrição do trauma percorre o sentimento de culpa do sobrevivente, conceito cunhado a partir da série de catástrofes históricas do século XX, em especial a <em>Shoah</em>. No caso dos livros aqui abordados, o texto se deterá em culpas diferentes, ainda que relacionadas: a relação da culpa paterna, no caso do personagem K., perante o desaparecimento e a morte da filha, A.; e a culpa do sobrevivente do narrador-personagem, Gustavo, em <em>Não Falei</em>, diante da acusação de delação; a culpa – não tão transparente – do irmão, autor de ‘K.’, Bernardo Kucinski. A construção das obras se dá na tentativa de expiação do recalcado e do esquecido, no espectro privado, e principalmente, público.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong> https://doi.org/10.47295/mren.v7i1.1415</p>
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