Questões contemporâneas: proximidade e imagem, entre a ética e o gozo

Em 1930, Freud afirmou que o laço social é a principal fonte de sofrimento para os homens. Vivemos hoje sob o domínio das redes sociais, da comunicação imediata que dispensa a presença do outro. Quais os efeitos disso no laço social? O advento da internet, ao prometer o acesso irrestrito ao outro, s...

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Bibliographic Details
Main Authors: Doris Rinaldi, Maria Anita Carneiro Ribeiro, Vera Pollo
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2018-09-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/37141
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spelling doaj-26bd846e5bc94fcd841752ad42adb6862020-11-25T02:32:27ZporUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)Estudos e Pesquisas em Psicologia1808-42812018-09-0117269370610.12957/epp.2017.3714120748Questões contemporâneas: proximidade e imagem, entre a ética e o gozoDoris Rinaldi0Maria Anita Carneiro Ribeiro1Vera Pollo2UERJUniversidade Veiga de Almeida – UVAUniversidade Veiga de Almeida – UVAEm 1930, Freud afirmou que o laço social é a principal fonte de sofrimento para os homens. Vivemos hoje sob o domínio das redes sociais, da comunicação imediata que dispensa a presença do outro. Quais os efeitos disso no laço social? O advento da internet, ao prometer o acesso irrestrito ao outro, sem o ônus de sua presença, coloca em questão a proximidade e a imagem do outro, o que toca em um dos conceitos mais caros à psicanálise: o estranho (Unheimlich). Abordamos estas referências a partir de Freud e Lacan, dialogando com autores da Filosofia e da Sociologia. Em seu artigo intitulado A Coisa, Heidegger introduz uma discussão de ordem ética. A partir da ideia de que "a proximidade não é pouca distância" ele se pergunta: "O que é esta igualdade em que tudo não fica nem distante nem próximo, como se fosse sem distância?" Quando examinamos a noção de proximidade, a noção de corpo-imagem se impõe. Segundo Baudrillard, o sujeito é induzido a tratar seu corpo como capital e como fetiche, estabelecendo-se uma equivalência mágica entre comprar e sentir-se bem. O que tem a psicanálise a dizer sobre isto? Em 1972, Lacan formalizou o discurso capitalista, que foraclui o laço social e induz a práticas perversas que visam obturar a castração, prometendo um gozo sem limite e fora dos domínios da ética.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/37141psicanáliseproximidadeimageméticagozo
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