Summary: | Como o Brasil faz fronteira com vários países de Língua Espanhola, a presença de estrangeiros hispano falantes em instituições de ensino brasileiras é muito frequente. Muitos desses alunos passam a frequentar as escolas brasileiras sem conhecimento algum da Língua Portuguesa e passam a aprendê-la, nestas instâncias, como Português Língua Materna, uma prática de ensino que contribui para a exclusão e o apagamento da sua língua de berço. Diante disso e considerando uma metodologia de educação em línguas, foi proposto o Projeto de Extensão “Ensino de Português como Língua Adicional no Ensino Fundamental I”, objetivando acolher esses discentes e dirimir as sucessivas reprovações e/ou alocações dos mesmos em séries mais iniciais, pelo simples fato de não saberem a Língua Portuguesa. Para tanto, objetiva-se discutir sobre a situação de Tríplice Fronteira vivenciada pela cidade de Foz do Iguaçu, Paraná – Brasil e a prática de acolhimento de estrangeiros nas escolas da rede municipal, no Ensino Fundamental I, sob a ótica de que as Línguas Portuguesa e Espanhola, neste espaço transfronteiriço, se caracterizam como Línguas de Fronteira (STURZA, 2006; RIBEIRO, 2015, 2017a), sugerindo um ensino de Língua Adicional (RODRIGUES, 2013) que suscite o acréscimo, agregando e adicionando conhecimentos, provendo e mantendo o multiculturalismo e o plurilinguismo existente nesta região de fronteira.
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