Determinação de cistatina C como marcador de função renal Cystatin C measurement as renal function marker
INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resu...
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Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
2010-12-01
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doaj-269370a1ceec485faed231ad6d2310fe2020-11-25T00:59:14ZengSociedade Brasileira de Patologia ClínicaJornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial1676-24441678-47742010-12-0146644345310.1590/S1676-24442010000600004Determinação de cistatina C como marcador de função renal Cystatin C measurement as renal function markerLetícia Aparecida Lopes NeriMaria Elizabeth MendesElias David-NetoNairo Massakasu SumitaFlávia Silva MedeirosINTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.<br>INTRODUCTION: Serum cystatin C has been identified as a glomerular filtration marker. OBJECTIVE: To validate immunonephelometry, a specific and automated method, by measuring levels of serum cystatin C through Behring nephelometer (BN II) and correlate results among transplant patients. The assay comprises the reference range of 0:23 to 7:25 mg/l. The intra-assay and inter- assay imprecision rates were 8.73% and 5.38%, respectively. The analytical recovery of cystatin C after addition of control was between 86.7% and 98% (average 92.3%). The stability of cystatin C to room temperature, refrigerated or frozen was tested. The most significant loss was found in samples stored at room temperature, in which up to 10% of the initial concentration was lost. The coefficient of variation was 14.79% for analytical sensitivity. Throughout the process the results were compared with quality control and good results were achieved. After these tests, we compared the correlations between equations for estimating glomerular filtration rate (Cockroft Gault, Nankivell and MDRD) and serum cystatin C or serum creatinine in three groups of kidney transplant patients under different immunosuppressive regimens (n = 197) [azathioprine (n = 36), mycophenolate mofetil (n = 131) or sirolimus (n = 30)]. CONCLUSION: The nephelometric cystatin C assay may be perfectly suitable for our routine laboratory. The correlations between serum creatinine and the various equations for estimating glomerular filtration are better than those between cystatin C and equations for estimating glomerular filtration in the three groups irrespective of the immunosuppressive therapy used.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000600004CistatinaNefelometriaFunção renalTransplanteImunossupressoresCystatinNephelometryRenal functionTransplantationImunosupressor |
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INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.<br>INTRODUCTION: Serum cystatin C has been identified as a glomerular filtration marker. OBJECTIVE: To validate immunonephelometry, a specific and automated method, by measuring levels of serum cystatin C through Behring nephelometer (BN II) and correlate results among transplant patients. The assay comprises the reference range of 0:23 to 7:25 mg/l. The intra-assay and inter- assay imprecision rates were 8.73% and 5.38%, respectively. The analytical recovery of cystatin C after addition of control was between 86.7% and 98% (average 92.3%). The stability of cystatin C to room temperature, refrigerated or frozen was tested. The most significant loss was found in samples stored at room temperature, in which up to 10% of the initial concentration was lost. The coefficient of variation was 14.79% for analytical sensitivity. Throughout the process the results were compared with quality control and good results were achieved. After these tests, we compared the correlations between equations for estimating glomerular filtration rate (Cockroft Gault, Nankivell and MDRD) and serum cystatin C or serum creatinine in three groups of kidney transplant patients under different immunosuppressive regimens (n = 197) [azathioprine (n = 36), mycophenolate mofetil (n = 131) or sirolimus (n = 30)]. CONCLUSION: The nephelometric cystatin C assay may be perfectly suitable for our routine laboratory. The correlations between serum creatinine and the various equations for estimating glomerular filtration are better than those between cystatin C and equations for estimating glomerular filtration in the three groups irrespective of the immunosuppressive therapy used. |
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