Configuração espacial da Dengue no contexto socioeconômico de Alfenas/MG: Retrato de uma década

Introdução: A relação entre dengue e fatores socioeconômicos é objeto de controvérsia e não há registro de estudos em Alfenas-MG que tenham descrito tal interação na escala municipal. Objetivos: Caracterizar e agrupar os setores censitários de Alfenas-MG em níveis socioeconômicos e descrever a distr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Murilo C. do Nascimento, Antonio L. Rodrigues-Júnior, Denis de O. Rodrigues
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2015-04-01
Series:Medicina
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/99753
Description
Summary:Introdução: A relação entre dengue e fatores socioeconômicos é objeto de controvérsia e não há registro de estudos em Alfenas-MG que tenham descrito tal interação na escala municipal. Objetivos: Caracterizar e agrupar os setores censitários de Alfenas-MG em níveis socioeconômicos e descrever a distribuição dos casos de dengue pelo território. Métodos: Estudo transversal em que foram utilizadas variáveis demográficas, estatística multivariada e análise de agrupamentos para gerar parâmetros de estratificação socioeconômica. Os casos confirmados de dengue clássico entre os anos de 2001 e 2010 foram geocodificados para estimar a densidade de pontos pela Técnica de Kernel e descrever a distribuição espacial da doença pelos clusters socioeconômicos. Resultados: Foram obtidos quatro clusters que agruparam as unidades censitárias em níveis socioeconômicos, sendo o número 1 considerado como melhor, o número 4 como pior, e os extratos 2 e 3 como níveis intermediários. Os locais de residência dos casos formaram diversos aglomerados, com distribuição aleatória pelo território, de forma indiferente aos níveis socioeconômicos. Ou seja, foi possível visualizar concentrações de casos de dengue tanto nas regiões com melhor perfil socioeconômico quanto nas áreas menos favorecidas quanto ao saneamento ambiental, condições de renda, escolaridade e adensamento populacional. Conclusão: Os resultados apontam que não houve relação alguma entre o padrão de distribuição geográfica da doença com os diferentes agrupamentos socioeconômicos do Município para o período estudado.
ISSN:0076-6046
2176-7262