Summary: | Neste artigo, abordamos a tradução dos pretéritos perfeito simples e perfeito composto do Espanhol ao Português, conjugando pressupostos advindos da tradução funcional, do Funcionalismo linguístico e da metodologia de sequência didática. Aplicamos a dois grupos de estudantes de Espanhol, falantes nativos de Português, a metodologia de sequência didática à tradução de um fragmento do conto “¡Diles que no me maten!”, de Juan Rulfo. Após contato prévio com o conto, os alunos procederam à primeira tradução; seguiram-se módulos referentes aos valores temporais, aspectuais e modais dos pretéritos sob análise; por fim, houve a segunda tradução. Os dados das duas traduções foram comparados visando a demonstrar que conhecimentos adquiridos sobre os valores temporais, aspectuais e modais, durante a sequência didática, permitiram aos alunos aprimoramento da tradução, tornando o texto meta o mais próximo possível do texto base. Verificamos, outrossim, que equívocos de tradução decorrem, basicamente, do fato de os estudantes, na tradução do pretérito perfeito composto do Espanhol ao simples do Português, não inserirem marcadores temporais, não optarem por perífrases imperfectivas e desconsiderarem possibilidade de interpretação irrealis.
|