Summary: | Este trabalho analisa os elementos simbólicos, narrativas e estruturas discursivas que compõem o processo de invenção da tradição cubana, bem como se esse processo é permeado por traços das religiões tradicionais estabelecidas. Designadamente, este trabalho realiza o exame da relação entre Estado e Religião em Cuba, através de uma espécie de revisão bibliográfica, e desenvolve análises dos enunciados da imprensa cubana, especificamente do jornal Juventud Rebelde, e de um ritual político-público cubano “etnografado”, o do dia 26 de julho (dia da Rebeldia Nacional). Com o resultado desses exames este trabalho não procura defender a existência de uma religiosidade-laica em Cuba (nos termos de uma Religião da Política), nem a existência de uma dimensão religiosa pública, mas possibilitar reflexões que articulem essas noções e a experiência política cubana.
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