Summary: | O presente poster visa identificar as semelhanças e diferenças na aprendizagem da gestão de comportamentos de crianças pelas educadoras-estagiárias de Educação de Infância. Para cumprir estes objetivos acompanharam-se duas jornadas de educadoras-estagiárias no âmbito da prática pedagógica final, em contextos supervisivos pedagogicamente diferenciados, um da rede pública e outro da rede de solidariedade social, ambos no concelho de Braga. No que se refere à orientação pedagógica foram considerados um contexto próximo do socioconstrutivismo e outro que adota uma postura mais tradicional. Partindo de uma conceção ecológica e socioconstrutivista da supervisão, o estudo seguiu uma abordagem de natureza descritiva e interpretativa e o processo de recolha de dados desdobrou-se na construção de significações e interdependências múltiplas através da triangulação de diferentes fontes de dados (filmagem, notas de campo e portefólio). Tendo em conta as características da investigação obteve-se o consentimento informado e foram salvaguardadas as identidades das pessoas e dos locais das pesquisas. Os resultados do estudo revelam a interatividade entre a aprendizagem das educadoras-estagiárias, os contextos supervisivos onde fazem estágio e as suas opções pedagógicas. Sabendo que a aprendizagem profissional é um processo contextualmente interdependente poderá dizer-se que a qualidade dos contextos supervisivos influencia significativamente a qualidade da gestão de comportamentos. Destaca-se ainda um predomínio de diferenças na aprendizagem da gestão de comportamentos pelas educadoras-estagiárias. Enquanto que a aprendizagem da educadora-estagiária na sala de cariz tradicional é orientada em função do exercício de poder e para uma gestão coercitiva, por sua vez, na sala de pedagogia socioconstrutivista verifica-se um equilibrio entre o poder da criança e o da educadora-estagiária, apelando sobretudo à reciprocidade e a práticas indutivas. Os resultados deste estudo indicam que a aprendizagem profissional é contextual, o que em outras palavras quer dizer que as educadoras-estagiárias e os contextos são realidades indissociáveis, havendo interdependência e interatividade entre as aprendizagens profissionais das candidatas a educadoras e os contextos supervisivos.
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