O sistema alexandrino e o sistema epicurista na filosofia da história do jovem Marx

Nos Cadernos preparatórios de sua Tese de Doutorado intitulada Diferença entre as filosofias de Demócrito e Epicuro, esboçados em 1839, Marx se contrapôs a um conteúdo teológico em Hegel através de uma crítica à tendência tradicional da filosofia em teologizar-se dada numa revisão do ocaso da filoso...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Júlia Lemos Vieira
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) 2017-10-01
Series:Classica, Revista Brasileira de Estudos Clássicos
Subjects:
Online Access:https://revista.classica.org.br/classica/article/view/359
Description
Summary:Nos Cadernos preparatórios de sua Tese de Doutorado intitulada Diferença entre as filosofias de Demócrito e Epicuro, esboçados em 1839, Marx se contrapôs a um conteúdo teológico em Hegel através de uma crítica à tendência tradicional da filosofia em teologizar-se dada numa revisão do ocaso da filosofia grega em dois sistemas opostos. O primeiro teria sido o misticismo da filosofia alexandrina; o segundo, o atomismo epicurista que desenvolveu uma dialética peculiar. Sugerindo uma filosofia da história alternativa à de Hegel, Marx pretendia indicar que a democracia não sofreu ocaso na Grécia por conta do desenvolvimento da razão genuinamente filosófica, e sim por conta da vitória da razão filosófica tergiversada em teologia. Era preciso, neste sentido, resgatar a filosofia do sistema epicurista.
ISSN:0103-4316
2176-6436