MODELAGEM DINÂMICA DA VEGETAÇÃO BASEADA EM AUTÔMATOS CELULARES: UM ESTUDO DE CASO DA REGENERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA NO DISTRITO DE ALDEIA VELHA - RJ.
Diferentes modelos são capazes de representar a evolução de sistemas, sendo que nesta pesquisa foi empregado o modelo baseado no conceito de autômatos celulares, implementado no software Dinamica EGO. Como tema de experimentação foi escolhida a vegetação. A vegetação se trata do elemento essencial à...
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Universidade Federal de Uberlândia
2015-07-01
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Series: | Revista Brasileira de Cartografia |
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doaj-25f6456ae10a41db8f390638f21ea2322020-11-25T01:21:15ZengUniversidade Federal de UberlândiaRevista Brasileira de Cartografia0560-46131808-09362015-07-01673MODELAGEM DINÂMICA DA VEGETAÇÃO BASEADA EM AUTÔMATOS CELULARES: UM ESTUDO DE CASO DA REGENERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA NO DISTRITO DE ALDEIA VELHA - RJ.Livia dos Santos Abdalla0Leonardo Castro de Oliveira1Carlos Frederico de Sá Volotão2Instituto Militar de EngenhariaInstituto Militar de Engenharia - IMEInstituto Militar de Engenharia - IMEDiferentes modelos são capazes de representar a evolução de sistemas, sendo que nesta pesquisa foi empregado o modelo baseado no conceito de autômatos celulares, implementado no software Dinamica EGO. Como tema de experimentação foi escolhida a vegetação. A vegetação se trata do elemento essencial à manutenção da biodiversidade e responsável pelo equilíbrio dos ecossistemas naturais. A Mata Atlântica representa um dos maiores desafios de conservação do País e a recuperação dos seus fragmentos florestais tem se destacado como uma forma de reverter a atual situação de degradação ambiental. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é construir um modelo dinâmico de regeneração da vegetação, baseado em autômatos celulares, para a produção de estimativas e tendências futuras da recuperação da Mata Atlântica no distrito de Aldeia Velha - RJ. Para tanto foi utilizado mapeamento em grande detalhe referente aos anos de 1999, 2005 e 2010, produzido com a classificação híbrida de três imagens de alta resolução espacial, além de um conjunto de variáveis ambientais e antrópicas associadas à dinâmica da vegetação. Pela natureza complexa do processo de regeneração e pela sucessão entre as classes de vegetação ocorrer de maneira encadeada ao longo do tempo, foi necessário estruturar a modelagem em cinco diferentes níveis de transição - gramínea para capoeira, capoeira para vegetação secundária, vegetação secundária para floresta, gramínea para urbano e do solo exposto e agricultura para gramínea. A construção deste modelo se caracterizou como processo minucioso e fundamentalmente experimental, tendo sido necessário a realização de inúmeros testes na fase de calibração dos pesos de evidência, até a obtenção do melhor ajuste do modelo de regeneração. A partir dos cenários simulados, pode-se observar que a classe Capoeira apresentou uma lógica de ocupação sistemática, sendo as novas manchas criadas localizadas bem próximas às áreas ocupadas por vegetação com estágio sucessional mais avançado. As simulações das classes Vegetação secundária e Floresta já apresentaram lógica de ocupação bastante condizente com a realidade, podendo ser isso associado ao fato que estes correspondem à evolução de feições bem definidas e discretamente localizadas na paisagem. Já a simulação das classes Gramínea e Urbana seguiu uma lógica de distribuição associada à presença inicial dessas classes, principalmente na classe urbano, onde foi possível simular o adensamento do núcleo urbano e a pavimentação de estradas de terras. Na classe Gramínea também foi possível observar uma lógica próxima a realidade observada, visto que o crescimento de novas gramíneas ocorreu bastante próxima as áreas de práticas agrícolas. Na etapa de validação, a modelagem apresentou valor de 0.93 de similaridade (valor máximo é igual a 1), demonstrando que o modelo teve uma boa capacidade preditiva. Embora o nível alcançado na modelagem seja considerado satisfatório, melhores resultados poderão ser obtidos se outras variáveis ambientais forem testadas como curvatura vertical do terreno, radiação solar e índice topográfico de umidade, e se a modelagem for realizada abrangendo áreas maiores, com a montagem de submodelos adequados a realidade de cada remanescente florestal ou Unidades de Conservação da Mata Atlântica.http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44656 |
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Livia dos Santos Abdalla Leonardo Castro de Oliveira Carlos Frederico de Sá Volotão |
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Diferentes modelos são capazes de representar a evolução de sistemas, sendo que nesta pesquisa foi empregado o modelo baseado no conceito de autômatos celulares, implementado no software Dinamica EGO. Como tema de experimentação foi escolhida a vegetação. A vegetação se trata do elemento essencial à manutenção da biodiversidade e responsável pelo equilíbrio dos ecossistemas naturais. A Mata Atlântica representa um dos maiores desafios de conservação do País e a recuperação dos seus fragmentos florestais tem se destacado como uma forma de reverter a atual situação de degradação ambiental. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é construir um modelo dinâmico de regeneração da vegetação, baseado em autômatos celulares, para a produção de estimativas e tendências futuras da recuperação da Mata Atlântica no distrito de Aldeia Velha - RJ. Para tanto foi utilizado mapeamento em grande detalhe referente aos anos de 1999, 2005 e 2010, produzido com a classificação híbrida de três imagens de alta resolução espacial, além de um conjunto de variáveis ambientais e antrópicas associadas à dinâmica da vegetação. Pela natureza complexa do processo de regeneração e pela sucessão entre as classes de vegetação ocorrer de maneira encadeada ao longo do tempo, foi necessário estruturar a modelagem em cinco diferentes níveis de transição - gramínea para capoeira, capoeira para vegetação secundária, vegetação secundária para floresta, gramínea para urbano e do solo exposto e agricultura para gramínea. A construção deste modelo se caracterizou como processo minucioso e fundamentalmente experimental, tendo sido necessário a realização de inúmeros testes na fase de calibração dos pesos de evidência, até a obtenção do melhor ajuste do modelo de regeneração. A partir dos cenários simulados, pode-se observar que a classe Capoeira apresentou uma lógica de ocupação sistemática, sendo as novas manchas criadas localizadas bem próximas às áreas ocupadas por vegetação com estágio sucessional mais avançado. As simulações das classes Vegetação secundária e Floresta já apresentaram lógica de ocupação bastante condizente com a realidade, podendo ser isso associado ao fato que estes correspondem à evolução de feições bem definidas e discretamente localizadas na paisagem. Já a simulação das classes Gramínea e Urbana seguiu uma lógica de distribuição associada à presença inicial dessas classes, principalmente na classe urbano, onde foi possível simular o adensamento do núcleo urbano e a pavimentação de estradas de terras. Na classe Gramínea também foi possível observar uma lógica próxima a realidade observada, visto que o crescimento de novas gramíneas ocorreu bastante próxima as áreas de práticas agrícolas. Na etapa de validação, a modelagem apresentou valor de 0.93 de similaridade (valor máximo é igual a 1), demonstrando que o modelo teve uma boa capacidade preditiva. Embora o nível alcançado na modelagem seja considerado satisfatório, melhores resultados poderão ser obtidos se outras variáveis ambientais forem testadas como curvatura vertical do terreno, radiação solar e índice topográfico de umidade, e se a modelagem for realizada abrangendo áreas maiores, com a montagem de submodelos adequados a realidade de cada remanescente florestal ou Unidades de Conservação da Mata Atlântica. |
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