Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer?
Adolescente de 16 anos, sexo feminino, saudável, avaliada por adenomegalia axilar e epitroclear, à esquerda, com 7 dias de evolução, e com tratamento prévio com ibuprofeno. Sem história de viagens recentes e sem conviventes doentes. Possuía um cão e um gato (negava arranhadura de gato). No exame fí...
Main Authors: | , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Pediatria
2015-01-01
|
Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
Subjects: | |
Online Access: | https://pjp.spp.pt//article/view/3511 |
id |
doaj-25c80bec2b934de39293d11c9a1d7b72 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-25c80bec2b934de39293d11c9a1d7b722020-11-25T01:58:16ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332015-01-0146110.25754/pjp.2015.3511Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer?Juliana OliveiraAlexandra FernandesCláudia AguiarAlexandra PintoIsabel MendesMaria José Dinis Adolescente de 16 anos, sexo feminino, saudável, avaliada por adenomegalia axilar e epitroclear, à esquerda, com 7 dias de evolução, e com tratamento prévio com ibuprofeno. Sem história de viagens recentes e sem conviventes doentes. Possuía um cão e um gato (negava arranhadura de gato). No exame físico apresentava adenomegalia axilar esquerda, 5cm de maior diâmetro, adenomegalia epitroclear à esquerda, 1cm, ambas de dolorosas e móveis, e lesões cicatriciais nos antebraços de arranhaduras de gato. Efectuou estudo analítico e radiografia torácica sem alterações, e foi pedida serologia para Bartonella hemselae. Teve alta medicada com azitromicina. Verificou-se regressão das adenomegalias e a serologia (IgM positiva), confirmou o diagnóstico de Doença da Arranhadura do gato. O agente etiológico desta patologia é a Bartonella henselae, sendo a transmissão efectuada através de gatos jovens e afecta principalmente crianças e adultos jovens. Trata-se da principal causa de linfadenopatia crónica, habitualmente localizada e axilar, e pode surgir entre 5 dias a 2 meses após a inoculação cutânea. O diagnóstico é estabelecido pela clínica, exposição a gatos e serologia/PCR para o agente etiológico. Pode adoptar-se uma atitude expectante, dado tratar-se de uma situação auto-limitada, ou instituir antibioterapia, para uma resolução mais rápida e diminuição das complicações. https://pjp.spp.pt//article/view/3511Doença da arranhadura do gatoBartonella henselae |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Juliana Oliveira Alexandra Fernandes Cláudia Aguiar Alexandra Pinto Isabel Mendes Maria José Dinis |
spellingShingle |
Juliana Oliveira Alexandra Fernandes Cláudia Aguiar Alexandra Pinto Isabel Mendes Maria José Dinis Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? Portuguese Journal of Pediatrics Doença da arranhadura do gato Bartonella henselae |
author_facet |
Juliana Oliveira Alexandra Fernandes Cláudia Aguiar Alexandra Pinto Isabel Mendes Maria José Dinis |
author_sort |
Juliana Oliveira |
title |
Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
title_short |
Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
title_full |
Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
title_fullStr |
Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
title_full_unstemmed |
Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
title_sort |
adenomegalia axilar volumosa, o que fazer? |
publisher |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
series |
Portuguese Journal of Pediatrics |
issn |
2184-3333 |
publishDate |
2015-01-01 |
description |
Adolescente de 16 anos, sexo feminino, saudável, avaliada por adenomegalia axilar e epitroclear, à esquerda, com 7 dias de evolução, e com tratamento prévio com ibuprofeno. Sem história de viagens recentes e sem conviventes doentes. Possuía um cão e um gato (negava arranhadura de gato). No exame físico apresentava adenomegalia axilar esquerda, 5cm de maior diâmetro, adenomegalia epitroclear à esquerda, 1cm, ambas de dolorosas e móveis, e lesões cicatriciais nos antebraços de arranhaduras de gato. Efectuou estudo analítico e radiografia torácica sem alterações, e foi pedida serologia para Bartonella hemselae. Teve alta medicada com azitromicina.
Verificou-se regressão das adenomegalias e a serologia (IgM positiva), confirmou o diagnóstico de Doença da Arranhadura do gato.
O agente etiológico desta patologia é a Bartonella henselae, sendo a transmissão efectuada através de gatos jovens e afecta principalmente crianças e adultos jovens. Trata-se da principal causa de linfadenopatia crónica, habitualmente localizada e axilar, e pode surgir entre 5 dias a 2 meses após a inoculação cutânea. O diagnóstico é estabelecido pela clínica, exposição a gatos e serologia/PCR para o agente etiológico. Pode adoptar-se uma atitude expectante, dado tratar-se de uma situação auto-limitada, ou instituir antibioterapia, para uma resolução mais rápida e diminuição das complicações.
|
topic |
Doença da arranhadura do gato Bartonella henselae |
url |
https://pjp.spp.pt//article/view/3511 |
work_keys_str_mv |
AT julianaoliveira adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer AT alexandrafernandes adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer AT claudiaaguiar adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer AT alexandrapinto adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer AT isabelmendes adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer AT mariajosedinis adenomegaliaaxilarvolumosaoquefazer |
_version_ |
1724970667240062976 |