Sociologia do desvio e interacionismo Sociology of deviance and interactionism
Este artigo é essencialmente teórico e tem como objetivo apresentar uma análise histórica não exaustiva da sociologia do desvio, privilegiando as teorias interacionistas. Inicialmente, após um breve relato sobre a aparição da sociologia do desvio em Chicago, serão comentadas três tendências que busc...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Sâo Paulo
2001-05-01
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Series: | Tempo Social |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702001000100012 |
Summary: | Este artigo é essencialmente teórico e tem como objetivo apresentar uma análise histórica não exaustiva da sociologia do desvio, privilegiando as teorias interacionistas. Inicialmente, após um breve relato sobre a aparição da sociologia do desvio em Chicago, serão comentadas três tendências que buscam analisar as causas do desvio: o funcionalismo, a anomia e o culturalismo. Em seguida, o interacionismo surge como uma proposta de rompimento com o enfoque causal. A especificidade da teoria interacionista, particularmente a "Labelling Theory" de H. Becker, encontra-se na ação coletiva e na ênfase no processo social através do qual um indivíduo ou grupo é considerado desviante pelos demais. Para finalizar, serão mencionadas algumas tendências mais recentes, por exemplo, a fenomenologia e a etnometodologia, acrescidas de algumas críticas dirigidas ao conjunto dessas teorias, especialmente por Pierre Bourdieu.<br>This is essentially a theoretical article and it aims to present a non-exhaustive analysis of the sociology of deviance, emphasizing interactionist theories. A brief account of the emergence of the sociology of deviance in Chicago is followed by a discussion on three tendencies that are involved in analyzing the causes of deviance: functionalism, anomie and culturalism. Next, interactionism arises as a means to break up with the causal approach. The specificity of the interactionist theory, especially H. Becker's Labelling Theory, can be seen in collective action and in the emphasis on the social process through which an individual or a group is considered deviant by the others. Finally, a few of the more recent tendencies are mentioned, such as phenomenology and ethnomethodology, and the criticism directed at these theories, mainly by Pierre Bourdieu, are discussed. |
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ISSN: | 0103-2070 1809-4554 |