A relação teoria e prática na psicologia da educação: implicações na formação do educador

Este trabalho tem por objetivo discutir a relação teoria e prática no campo da Psicologia da Educação e suas implicações para a formação do educador, a partir da análise dos trabalhos apresentados nas reuniões anuais da ANPEd (especialmente no Grupo de Trabalho Psicologia da Educação (GT20). O estud...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luciane Maria Schlindwein
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
Series:Psicologia Escolar e Educacional
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572010000200016&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Este trabalho tem por objetivo discutir a relação teoria e prática no campo da Psicologia da Educação e suas implicações para a formação do educador, a partir da análise dos trabalhos apresentados nas reuniões anuais da ANPEd (especialmente no Grupo de Trabalho Psicologia da Educação (GT20). O estudo envolveu a leitura de trabalhos encomendados, comunicações e pôsteres, apresentados nas reuniões anuais da ANPEd, no período compreendido entre os anos de 1998 e 2009. Os estudos apresentados nesta última década são indicativos de que temos uma aplicação da psicologia na escola, que basicamente é alimentada pela Psicologia da Aprendizagem. Os estudos sobre subjetividade, identidade e constituição do sujeito indicam uma preocupação com o ser humano (constituição da subjetividade), mas ainda com o enfoque muito psicológico. Ao que parece, ainda não superamos a dificuldade de se pensar esta subjetividade em termos de contextos mais amplos. E, o que prevalece, nestes estudos, são abordagens teóricas da psicologia do desenvolvimento. Outro bloco de estudos, apoiados principalmente na incorporação de contribuições da psicologia social são indicadores de uma possibilidade de olhar/se pensar a escola. Entretanto, aqui, a limitação ainda é de ordem mais conceitual. Ou seja, a dicotomia permanece. Finalmente, identificamos uma linha que deveria ou poderia se constituir na crítica epistemológica de toda esta construção; mas que ainda está muito presa a abordagens; poder-se-ia partir de uma visão mais contextualizada, superando o debate focado em abordagens. Consideramos que é preciso pensar a psicologia para além do território de autores ou de áreas (como a psicologia da aprendizagem, do desenvolvimento). Talvez nosso movimento precise ser redirecionado, trazendo as contribuições da psicologia para uma visão mais ampla, inclusive de escola (que permita compreender a escola e seus atores em todas as suas complexas dimensões). Escola não é só espaço de aprendizagem, ou de desenvolvimento, ou de formação de professores.
ISSN:2175-3539