BRASIL E CUBA: Sociedade, História na interseção do Gênero, Raça e Classe social
A história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relaçõ...
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Universidade Federal do Maranhão
2014-02-01
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doaj-24997a6936af4a87b0ced14c723ed8292020-11-24T21:14:26ZengUniversidade Federal do MaranhãoRevista Brasileira do Caribe1518-67841984-61692014-02-01001607BRASIL E CUBA: Sociedade, História na interseção do Gênero, Raça e Classe socialOlga Cabrera0Orlinda Carrijo Melo1Universidade Federal de GoiásUniversidade Federal de GoiásA história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relações raciais embasadas na hierarquia branca culminaram em formas diferentes de se manifestar a discriminação racial e de gênero tanto em Cuba como no Brasil. Sebastiana e Reyita assumiram ambas o modelo de família nuclear e patriarcal como o mais positivo para driblar a discriminação, ainda que ambas foram, de fato, o esteio da família, ambas viram na educação um meio de ganhar status social, ambas lecionaram para grupos sociais marginalizados e outros, não como profissionais ainda que a primeira tenha se formado como normalista. Sebastiana, no entanto, não alude à raça nem a classe social, ela é a própria representação da naturalização da discriminação, já Reyita identifica-se como mulher negra e vai ao confronto, resistindo à dominação da “branquitude” tanto no espaço familiar quanto no social, integrando os movimentos panafricanos e partidos políticos para lutar pela igualdade racial. Palavras- chave: Brasil. Cuba. Mulheres negras. Resistência A história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relações raciais embasadas na hierarquia branca culminaram em formas diferentes de se manifestar a discriminação racial e de gênero tanto em Cuba como no Brasil. Sebastiana e Reyita assumiram ambas o modelo de família nuclear e patriarcal como o mais positivo para driblar a discriminação, ainda que ambas foram, de fato, o esteio da família, ambas viram na educação um meio de ganhar status social, ambas lecionaram para grupos sociais marginalizados e outros, não como profissionais ainda que a primeira tenha se formado como normalista. Sebastiana, no entanto, não alude à raça nem a classe social, ela é a própria representação da naturalização da discriminação, já Reyita identifica-se como mulher negra e vai ao confronto, resistindo à dominação da “branquitude” tanto no espaço familiar quanto no social, integrando os movimentos panafricanos e partidos políticos para lutar pela igualdade racial. Palavras- chave: Brasil, Cuba, Mulheres negras, Resistência .http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/2149BrasilCubaMulheres negrasResistência |
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Palavras- chave: Brasil. Cuba. Mulheres negras. Resistência
A história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relações raciais embasadas na hierarquia branca culminaram em formas diferentes de se manifestar a discriminação racial e de gênero tanto em Cuba como no Brasil. Sebastiana e Reyita assumiram ambas o modelo de família nuclear e patriarcal como o mais positivo para driblar a discriminação, ainda que ambas foram, de fato, o esteio da família, ambas viram na educação um meio de ganhar status social, ambas lecionaram para grupos sociais marginalizados e outros, não como profissionais ainda que a primeira tenha se formado como normalista. Sebastiana, no entanto, não alude à raça nem a classe social, ela é a própria representação da naturalização da discriminação, já Reyita identifica-se como mulher negra e vai ao confronto, resistindo à dominação da “branquitude” tanto no espaço familiar quanto no social, integrando os movimentos panafricanos e partidos políticos para lutar pela igualdade racial.
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