Summary: | Nos atuais estudos de televisão, um traço comum e permanente, e por isso, talvez o mais importante, tem sido a preocupação com o grau e o modo de participação das audiências diante das mensagens emitidas. Retendo a dimensão comunicacional desses estudos, é possível afirmar que em países como o nosso, de modernização tardia e excludente, o que interessa não é apenas identificar e descrever (repetidamente) as dinâmicas dessa participação, mas propiciar meios para ampliá-la e qualificá-la com vistas a uma cidadania mais abrangente.Para perseguirmos esse objetivo, torna-se imprescindível ajustar o foco dos “television studies” com o presente da “sociedade de rede” (Castells) e sua “ecologia dos meios” (Postman). Nela, é possível destacar, em princípio, dois momentos nas relações da audiência com a televisão: antes e após a entrada da participação do receptor nos processos que incentivam a transmidiação e a interatividade.
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