MÁQUINA E REALIDADE: CIBERNÉTICA, AUTOPOIESE E PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE EM FÉLIX GUATTARI
O presente artigo tem como objetivo abordar o conceito de máquina e a consequente apropriação do mesmo nas discussões sobre a subjetividade. É um estudo teórico na interface entre psicologia, filosofia, física e biologia. Nesse sentido, ele se inicia apresentando que, na modernidade, a analogia à má...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2019-07-01
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Series: | Psicologia em Estudo |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/45522 |
Summary: | O presente artigo tem como objetivo abordar o conceito de máquina e a consequente apropriação do mesmo nas discussões sobre a subjetividade. É um estudo teórico na interface entre psicologia, filosofia, física e biologia. Nesse sentido, ele se inicia apresentando que, na modernidade, a analogia à máquina foi estendida à compreensão do universo como sendo um relógio preciso e geometricamente previsível em seu funcionar. E se, até o século XVIII, a vida, o corpo e o cosmos foram significados, pela ciência emergente, como uma máquina mecânica (de movimento calculável em sua previsibilidade), no século XIX estes passaram igualmente a serem compreendidos como uma máquina térmica, com seus desdobramentos na física da termodinâmica e na cibernética. No final do século XX, a partir dos trabalhos dos biólogos Francisco Varela e Humberto Maturana, o conceito de máquina autopoiética ganhou relevância nos estudos sobre a vida e sobre a cognição, sendo este apropriado por Félix Guattari no desenvolvimento de seu conceito de produção de subjetividade e suas problematizações em torno dos processos de subjetivação. Assim, o conceito de máquina saiu das limitações de uma leitura mecânica e termodinâmica da realidade, para uma abordagem existencial, processual e inventiva da subjetividade. |
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ISSN: | 1413-7372 1807-0329 |