O LEGADO DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS E A CONTEXTUALIZAÇÃO DAS REMOÇÕES
Megaeventos esportivos estão cada vez mais associados a transformações urbanas que visam à melhoria da qualidade de vida da população. Quando bem planejadas, essas mudanças caracterizam o legado deixado após o fim dos jogos. Em 2014, o Brasil foi sede da Copa do Mundo, marcada por projetos principal...
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2017-09-01
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doaj-234d575f87904de5be4f4114c70b6c6f2020-11-25T04:05:32ZporUniversidade Federal do Rio Grande do NorteRevista Projetar2448-296X2017-09-0112819116651O LEGADO DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS E A CONTEXTUALIZAÇÃO DAS REMOÇÕESGabriela Costa da Silva0Adriana Portella1Gisele da Silva Pereira2Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de PelotasPrograma de Pós Graduação da Universidade Federal de PelotasFaculdade de Turismo da Universidade Federal de PelotasMegaeventos esportivos estão cada vez mais associados a transformações urbanas que visam à melhoria da qualidade de vida da população. Quando bem planejadas, essas mudanças caracterizam o legado deixado após o fim dos jogos. Em 2014, o Brasil foi sede da Copa do Mundo, marcada por projetos principalmente de mobilidade urbana que em longo prazo beneficiaria a população como um todo. Entretanto, 250 mil pessoas foram removidas no país para que essas obras fossem executadas. Como forma de avaliar a percepção dessas pessoas quanto à maneira com que o processo de remoção foi realizado, teve-se como estudo de caso a duplicação da Avenida Tronco, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada a partir da participação em manifestações e eventos das comunidades atingidas, grupo focal e entrevistas que identificaram a insatisfação das pessoas removidas quanto à maneira com que o Governo tratou a retiradas das famílias de suas casas, sendo marcadas pela falta de diálogo, baixas indenizações, falta de um projeto social, desrespeitos aos direitos humanos e direito à moradia adequada. Todavia, a população atingida não se posicionou contra a realização do megaevento em Porto Alegre e no Brasil, mas sim contra as condutas ante as remoções.https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/16651megaeventolegadopercepçãocopa do mundo de 2014. |
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Gabriela Costa da Silva Adriana Portella Gisele da Silva Pereira |
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Megaeventos esportivos estão cada vez mais associados a transformações urbanas que visam à melhoria da qualidade de vida da população. Quando bem planejadas, essas mudanças caracterizam o legado deixado após o fim dos jogos. Em 2014, o Brasil foi sede da Copa do Mundo, marcada por projetos principalmente de mobilidade urbana que em longo prazo beneficiaria a população como um todo. Entretanto, 250 mil pessoas foram removidas no país para que essas obras fossem executadas. Como forma de avaliar a percepção dessas pessoas quanto à maneira com que o processo de remoção foi realizado, teve-se como estudo de caso a duplicação da Avenida Tronco, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada a partir da participação em manifestações e eventos das comunidades atingidas, grupo focal e entrevistas que identificaram a insatisfação das pessoas removidas quanto à maneira com que o Governo tratou a retiradas das famílias de suas casas, sendo marcadas pela falta de diálogo, baixas indenizações, falta de um projeto social, desrespeitos aos direitos humanos e direito à moradia adequada. Todavia, a população atingida não se posicionou contra a realização do megaevento em Porto Alegre e no Brasil, mas sim contra as condutas ante as remoções. |
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