RUPTURA COM O LUGAR E DESTRUIÇÃO DE IMAGENS ESPACIAIS EM CIDADES REASSENTADAS:

Este artigo busca contribuir para uma discussão sobre as possíveis consequências de um rompimento do vínculo com o lugar a partir do estudo da realocação de uma cidade, Itacuruba-PE, que existia à beira do Rio São Francisco, devido à construção da hidrelétrica de Itaparica. Hoje Itacuruba é a cidade...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fernando Diniz Moreira, Rafaela Teti Tiburcio Maia
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2020-05-01
Series:Revista Projetar
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19875
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spelling doaj-22ccc0eb0e0d4851bebcb122fb438bec2020-11-25T03:58:29ZporUniversidade Federal do Rio Grande do NorteRevista Projetar2448-296X2020-05-0152365210.21680/2448-296X.2020v5n2ID1987519875RUPTURA COM O LUGAR E DESTRUIÇÃO DE IMAGENS ESPACIAIS EM CIDADES REASSENTADAS:Fernando Diniz Moreira0Rafaela Teti Tiburcio Maia1UFPEUFPEEste artigo busca contribuir para uma discussão sobre as possíveis consequências de um rompimento do vínculo com o lugar a partir do estudo da realocação de uma cidade, Itacuruba-PE, que existia à beira do Rio São Francisco, devido à construção da hidrelétrica de Itaparica. Hoje Itacuruba é a cidade brasileira que mais usa antidepressivos em termos percentuais, atingindo um percentual de 63% da população com depressão, segundo dados do Conselho Regional de Medicina  (CREMEPE). O artigo objetiva identificar os elementos espaciais que faziam parte da construção da identidade do morador da antiga Itacuruba e expor as rupturas provocadas, que podem ter tido como consequência os impactos à saúde mental. Para tal, foi feito um aprofundamento teórico sobre os temas o rompimento dos vínculos do grupo com o lugar com o qual estava enraizado, buscando-se apoio nos estudos de Mircea Eliade, sobre a atribuição de sagrado por sociedades tradicionais aos lugares onde vivem, e nos de Maurice Halbwachs, sobre memória coletiva e as imagens espaciais que a sustentam. Buscou-se explicar o contexto do nacional-desenvolvimentismo, a construção da hidrelétrica, e as particularidades do processo, por meio de pesquisa documental nos arquivos da CHESF. Para revelar os impactos provocados pelo plano da nova cidade, foram aplicados estudos da morfologia urbana (Panerai, Lynch e Cullen) sobre as formas da velha e nova cidade de Itacuruba, além de visita de campo e aplicação de entrevistas a 15 moradores que passaram pela experiência de realocação. PALAVRAS-CHAVE: realocação de cidade; urbanismo moderno; memória coletiva, morfologia urbana, dessacralizaçãohttps://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19875realocação de cidade; urbanismo moderno; memória coletivamorfologia urbana; dessacralização
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