Summary: | No cenário contemporâneo, localizamos uma concepção hegemônica e idealizada sobre a linguagem, definida como capaz de representar a realidade e o sujeito, bem como realizar a plena tradução do sujeito e do outro. Entendemos que os pressupostos modernos de identidade, sujeito cognoscente, tempo linear, binarismo, dentre outros, sustentam a concepção hegemônica de linguagem. Esse artigo visa realizar um exercício de desconstrução da concepção idealizada da linguagem e das suas relações com o modo de subjetivar, que opera a partir dos pressupostos modernos. Produziu-se nesse artigo a leitura e a análise desconstrutiva de algumas cenas do filme Babel (2006), recorrendo ao aporte teórico de autores pós-estruturalistas como Foucault e Derrida. Utilizaram-se conceitos como descontínuo e acontecimento para trabalhar com as aporias da língua e da comunicação, relacionando-as aos pressupostos da identidade, do sujeito cognoscente e do tempo linear. Entende-se que a(s) língua(s) se associam à diferença, aos deslizamentos dos sentidos e à alteridade.
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