Meu paciente não pára de repetir... isso é mau?: A concernência da repetição

Durante a história do pensamento psicanalítico a repetição foi abordada através de vários enfoques. A forma impactante e constrangedora como o conceito apareceu na teoria freudiana, fez dela um dos pontos mais intrigantes dentre os conceitos psicanalíticos. Na prática clínica, da mesma forma, quando...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roberto Henrique Amorim de Medeiros
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Federal de Psicologia
Series:Psicologia: Ciência e Profissão
Subjects:
Online Access:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932001000300007&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Durante a história do pensamento psicanalítico a repetição foi abordada através de vários enfoques. A forma impactante e constrangedora como o conceito apareceu na teoria freudiana, fez dela um dos pontos mais intrigantes dentre os conceitos psicanalíticos. Na prática clínica, da mesma forma, quando percebemos que um paciente está repetindo, a primeira impressão que se tem é de que isso estaria sendo prejudicial ao tratamento, um verdadeiro entrave e, com freqüência, lamenta-se essa situação. O presente texto procura resgatar o caráter ambíguo do conceito de repetição e ressaltar um possível aspecto produtivo no caminho da cura, o qual foi denominado de concernência. Propõe, ainda, que escutar a repetição tendo em mente a possibilidade desse caráter produtivo é o que pode permitir que o paciente crie algo de novo para si, interrompendo os processos repetitivos indesejáveis ao seu tratamento, embora tenha de abdicar temporariamente ao prazer.
ISSN:1414-9893
1982-3703