O reconhecimento social dos curadores populares e a construção de uma identidade médica no Brasil oitocentista

O artigo trata de discutir a formação da identidade médica a partir da análise do processo de desqualificação oficial dos curadores e dos esforços por distinguir o conhecimento médico das denominadas charlatanices no Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX. Nesse sentido, busca-se apontar a...

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Bibliographic Details
Main Author: Diádiney Helena de Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Universidad de Medellín, Sello Editorial 2015-12-01
Series:Ciencias Sociales y Educación
Subjects:
Online Access:https://revistas.udem.edu.co/index.php/Ciencias_Sociales/article/view/1748/1678
Description
Summary:O artigo trata de discutir a formação da identidade médica a partir da análise do processo de desqualificação oficial dos curadores e dos esforços por distinguir o conhecimento médico das denominadas charlatanices no Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX. Nesse sentido, busca-se apontar a diferença entre o período em que as atividades dos curadores eram legitimadas pela Fisicatura-mor a partir do licenciamento destes e, em seguida, para o momento em que os médicos organizados em instituições e articulados politicamente iniciam o processo de desqualificação dos curadores populares e também à apropriação de seus saberes. O artigo analisa licenças e abaixo-assinados assim como discursos de políticos do período para demonstrar a busca pela hegemonia social do conhecimento médico, principalmente pela associação ao saber das plantas dominados pelos curadores populares e prestigiados por toda população. El artículo intenta discutir la formación de la identidad médica a partir del análisis del proceso de descalificación oficial de los curanderos y de los esfuerzos por diferenciar el conocimiento médico de la llamada charlatanería en Río de Janeiro de la primera mitad del siglo XIX. En este sentido, se trata de señalar la diferencia entre el período en que las actividades de los curanderos eran legitimadas por la Fisicaturamor (órgano del gobierno responsable por la normatividad de las prácticas de cura) a partir de la concesión de licencias a los mismos y luego para el momento en que los médicos organizados en instituciones y articulados políticamente comienzan el proceso de descalificación de los curanderos populares y también en la apropiación de sus conocimientos. El artículo analiza las licencias y peticiones así como discursos de políticos del período para demostrar la búsqueda de la hegemonía social del conocimiento médico, principalmente por la asociación del conocimiento de las plantas dominadas por los curanderos populares y la legitimidad de la población hacia ellos.
ISSN:2256-5000