Summary: | O presente artigo debruça-se sobre uma forma de comércio que, não sendo necessariamente sinónima de informalidade, resvala com frequência para esse campo: a venda ambulante, em especial a praticada por comerciantes ciganos, hoje em dia centrada em artigos de vestuário e calçado. Partindo das peripécias que marcaram a história de um mercado clandestino, desde a sua criação até à sua desactivação, discorrer-se-á sobre a importância que a venda ambulante, enquanto forma de auto-emprego, assume para as comunidades ciganas e analisar-se-ão os obstáculos que hoje se colocam ao exercício desta actividade, tendo particularmente em atenção o papel das instituições de poder: Estado, autarquias e forças policiais.<br>This article considers a trade activity frequently connected to informality: the sale of clothes in street-markets as practised by gypsy sellers. Starting with the incidents marking the history of a particular street-market, from its beginnings to its final dismantlement, it proceeds with an appreciation of the importance assumed by trade activities, as a form of self-employment, for gypsy communities in general, closing with an analysis of the impediments to the sale in street-markets, especially those posed by power institutions (police force, mayors and the State).
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