Summary: | Neste trabalho exploramos a tradição oral, a linguagem brincalhona,
revolucionária e descolonizadora em dois textos em línuga portuguesa: “A terceira
margem do rio”, do brasileiro João Guimaraes Rosa e “Nas águas do
tempo”, do moçambicano Mia Couto. Nos dois contos as personagens se misturam
e se diluem com a imagem do rio, uma vez que elas buscam, pelo rio, fazer
seus deslocamentos para um mundo mais interior, mais íntimo mais isolado.
Tanto em Guimaraes como em Couto, pode-se perceber que a linguagem como
instrumento de revolução e descolonização uma vez que revisitam culturas e
vozes “condenadas”, recriando, revalorizando e revigorando uma linguagem
esquecida pelos “homens cultos.” A linguagem “impura”, o linguajar do povo, o
brincar com a linguagem, o inventar e desinventar enchem os dois textos de
graça e sugerem relfexao sobre um mundo de pessoas simples, apegadas à terra.
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