Memória, história e patrimônio - perspectivas contemporâneas da pesquisa histórica
Cabe observar que há algum tempo os estudos históricos vem considerando a importância dos objetos e do espaço como elementos constitutivos da memória – ou “lugares de memória”, na expressão de Pierre Nora. A memória seria assim definida enquanto uma dimensão imaginária da sociedade, um universo ment...
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Universidade Federal da Grande Dourados
2011-06-01
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doaj-1fc7a2548ad8437aa665276a57deb3762020-11-25T02:35:13ZporUniversidade Federal da Grande DouradosFronteiras2175-07422011-06-011222131151659Memória, história e patrimônio - perspectivas contemporâneas da pesquisa históricaEduardo Romero de Oliveira0UNESPCabe observar que há algum tempo os estudos históricos vem considerando a importância dos objetos e do espaço como elementos constitutivos da memória – ou “lugares de memória”, na expressão de Pierre Nora. A memória seria assim definida enquanto uma dimensão imaginária da sociedade, um universo mental que adquire substância social e que cria vínculos do indivíduo com um “todo social”, numa linha de trabalho aberta por M. Halbwachs. E esta noção de memória permite apreender a questão patrimonial. Este culto à memória teve seu lugar de ascensão também através da delimitação do patrimônio histórico - conforme Françoise Choay, desde o estabelecimento das categorias de monumentos históricos, na França, em 1837. A discussão sobre patrimônio tem avançado nas últimas décadas, na medida em que se concebe que objetos, espaços, conhecimentos e manifestações tornam-se “patrimônio imaterial” porque tem valor referencial para a comunidade. Considera-se que as referências patrimoniais são aos objetos constitutivos da memória da formação, formas de trabalho e vida passadas ou atuais. De todo modo, o patrimônio apresenta-se como a materialização de um discurso sobre o passado.http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/1184Memória. História oral. Patrimônio. |
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Cabe observar que há algum tempo os estudos históricos vem considerando a importância dos objetos e do espaço como elementos constitutivos da memória – ou “lugares de memória”, na expressão de Pierre Nora. A memória seria assim definida enquanto uma dimensão imaginária da sociedade, um universo mental que adquire substância social e que cria vínculos do indivíduo com um “todo social”, numa linha de trabalho aberta por M. Halbwachs. E esta noção de memória permite apreender a questão patrimonial. Este culto à memória teve seu lugar de ascensão também através da delimitação do patrimônio histórico - conforme Françoise Choay, desde o estabelecimento das categorias de monumentos históricos, na França, em 1837. A discussão sobre patrimônio tem avançado nas últimas décadas, na medida em que se concebe que objetos, espaços, conhecimentos e manifestações tornam-se “patrimônio imaterial” porque tem valor referencial para a comunidade. Considera-se que as referências patrimoniais são aos objetos constitutivos da memória da formação, formas de trabalho e vida passadas ou atuais. De todo modo, o patrimônio apresenta-se como a materialização de um discurso sobre o passado. |
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