Summary: | O presente artigo pretende realizar uma análise da "circulação de crianças" a partir dos estudos antropológicos, discutindo-a como uma estratégia de problematização das naturalizações operadas em torno das idéias de infância e família e dando visibilidade aos regimes de verdade que as constituíram e aos efeitos produzidos por elas, especialmente na atuação de psicólogos e demais trabalhadores sociais. Apresenta-se uma discussão do conceito de risco dos trajetos e das práticas médicas e psicopedagógicas que sustentam relações de poder sobre os corpos de crianças ancoradas em uma lógica desenvolvimentista e com os lugares previstos para elas pelos especialistas. Finaliza-se o texto com uma analítica para desmontar o dispositivo de circulação em seus vínculos com a política de segurança em prol da constituição de um nomadismo como resistência às capturas que limitam a potência inventiva da criança.
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