O programa de Reabilitação Psicossocial da Marinha do Brasil

• Main Authors: Viviane Reis Fontes da Silva, Ana Paula Carvalho Orichio, Priscila Bastos Mayworm
• Format: Article
• Language: English
• Published: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2011-01-01
• Series: Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
• Online Access: http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1201
• ISSN: 1809-6107; 2175-5361

INTRODUÇÃO:   A ênfase dada ao diagnóstico e tratamento precoce dos transtornos mentais em nível ambulatorial, fez com que ao longo dos anos, o número e a duração das internações psiquiátricas fossem progressivamente reduzidos. Fato é que, por ocasião da promulgação da Lei 10.216 de 06 de abril de 2001, também conhecida como lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira, poucos foram os ajustes necessários ao enquadramento da assistência na UISM aos ditames da Lei, uma vez que os procedimentos adotados se encontravam, e permanecem em consonância com os mais elevados padrões da pratica psiquiátrica adotados em outras instituições de referência. Além das abordagens terapêuticas tradicionais, a UISM possui outras atividades que visam promover a reabilitação e a reintegração dos pacientes portadores de transtornos psiquiátricos à sociedade, desenvolvidas no Centro de Atenção Diária (CAD).  Este serviço objetiva atender os usuários portadores de transtornos mentais tais como, esquizofrenia, transtorno bipolar do humor com sintomas psicóticos, depressão psicótica entre outros, alem de atender os familiares dos usuários. O atendimento visa  promover a reinserção social por meio de praticas grupais que  estimulam o relacionamento interpessoal, o compromisso e a assiduidade, possibilitam as trocas afetivas e aumentam a auto-estima. As práticas grupais são denominadas de Oficinas Terapêuticas, que tem como objetivo geral à reestruturação egóica do sujeito através de atividades de vida prática e diária, alem do reencontro com a cidadania, e reproduzem as atividades sócio-familiares, comprometidas devido à doença mental. Como objetivos específicos, pretende-se afirmar que as oficinas como espaço de expressão da subjetividade do usuário, facilitam a organização das dificuldades de uma forma geral.  Visa ainda, resgatar a auto-estima, e a auto-valorização, a autonomia, memória seletiva, concentração, insight, adaptação social, treinamento de habilidades, prevenir a desordem crônica, promover a integração social e restabelecer funções biopsicossociais. O CAD funciona em regime de internação parcial.  Os pacientes realizam atividades durante o dia e se dirigem a seus lares no período da tarde, evitando assim, os agravos de saúde ocasionados pela cronicidade das internações.