Vamos ser inclusivos/as? Campanhas na mídia e produção de verdades sobre inclusão

Este artigo propõe-se a discutir o que pode ser denominado como incitação à inclusão, mediante campanhas veiculadas na mídia impressa. Considerando-se que a mídia exerce uma função importante na produção e difusão de discursos, discutem-se as campanhas como estratégias que visam educar para a inclus...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Betina Hillesheim, Amanda Cappellari
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2019-06-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/43005
Description
Summary:Este artigo propõe-se a discutir o que pode ser denominado como incitação à inclusão, mediante campanhas veiculadas na mídia impressa. Considerando-se que a mídia exerce uma função importante na produção e difusão de discursos, discutem-se as campanhas como estratégias que visam educar para a inclusão, argumentando como essas nos constituem como sujeitos inclusivos/as. Além disso, busca-se compreender de que forma os discursos da Psicologia se entrelaçam à produção de verdades sobre inclusão. Para tanto, foram selecionadas 23 reportagens sobre campanhas inclusivas, através da análise das edições do jornal Zero Hora, no período de março a dezembro de 2015. Para analisar as campanhas, as mesmas foram agrupadas em tabelas que visibilizam quem são os sujeitos da inclusão, quais as estratégias e ações inclusivas, e quais as justificativas para tais campanhas. Problematiza-se como as campanhas inclusivas se constituem como estratégias educativas, que ampliam a inclusão dos mais variados sujeitos, subjetivando a todos através do imperativo da inclusão. Aponta-se, ainda, que a ideia de inclusão é composta por diferentes vetores, tanto no sentido de normalização, quanto de multiplicação da diferença.
ISSN:1808-4281