Participação Social no Brasil Diante da Desestruturação das Políticas Sociais novas configurações da sociedade civil organizada como alternativa para recompor os laços sociais e a civilidade nas relações societárias

<p align="justify" >No Brasil, os movimentos sociais pela redemocratização recente e a Constituição Federal de 1988 possibilitaram o fortalecimento de novos atores sociais tais como os Conselhos Gestores, as experiências de Orçamento Participativo na gestão da cidade, os Fóruns temát...

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Bibliographic Details
Main Author: Samira Kauchakje
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Ponta Grossa 2002-01-01
Series:Emancipação
Subjects:
Online Access:http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/35/32
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spelling doaj-1e963661b08742daae8e28d23f8b69762020-11-25T03:19:38ZporUniversidade Estadual de Ponta GrossaEmancipação1519-76111982-78142002-01-0121159176Participação Social no Brasil Diante da Desestruturação das Políticas Sociais novas configurações da sociedade civil organizada como alternativa para recompor os laços sociais e a civilidade nas relações societáriasSamira Kauchakje<p align="justify" >No Brasil, os movimentos sociais pela redemocratização recente e a Constituição Federal de 1988 possibilitaram o fortalecimento de novos atores sociais tais como os Conselhos Gestores, as experiências de Orçamento Participativo na gestão da cidade, os Fóruns temáticos e as Organizações não Governamentais. Estes atores, além dos movimentos sociais étnicos, de gênero, ligados ao meio ambiente, de trabalhadores e os populares, por exemplo, têm inaugurado novos formatos de participação social e possibilitado a construção e ocupação do espaço público em que as demandas por justiça social ganham legitimidade. Historicamente, na sociedade brasileira, a relação entre Estado e sociedade civil não está mediada - ou é mediada de forma muito insuficiente - por políticas públicas e pelos direitos decorrentes (ausência de mediação aprofundada pelo processo de mundialização neoliberal em curso). Isto tem provocado a sobreposição e o agravamento da subalternidade e exclusão sociais tanto de viés econômico e de classe social quanto de viés sócio-cultural. Mas, num movimento contraditório, tem trazido, também, a possibilidade de que as novas configurações da participação social se apresentem como alternativas para (re) construção de identidades elaços sociais. Procuramos argumentar, portanto, que, numa sociedade com as características históricas da brasileira, a ocupação e participação nos espaços públicos e nas instituições sociais são alternativas para a (re) construção de laços sociais e identitáriosna perspectiva da cidadania e da civilidade nas relações societárias.</p>http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/35/32Participação social. Gestão social. Sociedade civil. Políticas sociais.
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description <p align="justify" >No Brasil, os movimentos sociais pela redemocratização recente e a Constituição Federal de 1988 possibilitaram o fortalecimento de novos atores sociais tais como os Conselhos Gestores, as experiências de Orçamento Participativo na gestão da cidade, os Fóruns temáticos e as Organizações não Governamentais. Estes atores, além dos movimentos sociais étnicos, de gênero, ligados ao meio ambiente, de trabalhadores e os populares, por exemplo, têm inaugurado novos formatos de participação social e possibilitado a construção e ocupação do espaço público em que as demandas por justiça social ganham legitimidade. Historicamente, na sociedade brasileira, a relação entre Estado e sociedade civil não está mediada - ou é mediada de forma muito insuficiente - por políticas públicas e pelos direitos decorrentes (ausência de mediação aprofundada pelo processo de mundialização neoliberal em curso). Isto tem provocado a sobreposição e o agravamento da subalternidade e exclusão sociais tanto de viés econômico e de classe social quanto de viés sócio-cultural. Mas, num movimento contraditório, tem trazido, também, a possibilidade de que as novas configurações da participação social se apresentem como alternativas para (re) construção de identidades elaços sociais. Procuramos argumentar, portanto, que, numa sociedade com as características históricas da brasileira, a ocupação e participação nos espaços públicos e nas instituições sociais são alternativas para a (re) construção de laços sociais e identitáriosna perspectiva da cidadania e da civilidade nas relações societárias.</p>
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