Summary: | A possibilidade de se publicar revista científica em meio eletrônico e em acesso livre, com apoio das tecnologias de informação e comunicação (TICs), tem acarretado mudanças substanciais no processo de comunicação científica. Um aspecto ainda pouco discutido nessa nova configuração, diz respeito aos modelos de gestão de periódicos, para os quais convergem questões, tanto de custos quanto de garantia de qualidade do conteúdo. Ambas as dimensões colocam em foco a sustentabilidade dos periódicos eletrônicos em acesso livre, que é o tema abordado no presente artigo. O ponto de partida retoma uma discussão sobre o nascimento e morte dos periódicos científicos brasileiros e como isso pode se reconfigurar à luz das modificações em curso no campo. Dos modelos clássicos de gestão, passa-se à descrição de um amplo portfólio de alternativas disponível atualmente, o que pede uma reflexão sobre a sustentabilidade dos mesmos. O artigo finaliza com apontamentos sobre a importância de colocar esse tema na agenda das políticas públicas de ciência e tecnologia e informação no Brasil e, mais especificamente, na agenda de prioridades de pesquisa em saúde pública.
|