As polêmicas antiprotestantismo nas primeiras décadas do século XX: Cuiabá 1926, 1927
Nas primeiras décadas republicanas setores da sociedade brasileira expressaram aversão às idéias e práticas de protestantes, sobretudo, de missionários vindos dos Estados Unidos, que juntamente às suas respectivas denominações1 foram identificadas com os supostos interesses imperialistas norte-ameri...
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Universidade Federal da Grande Dourados
2011-06-01
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doaj-1dbd8d9b9dde42d6948d0da23ad5d7392020-11-25T02:13:28ZporUniversidade Federal da Grande DouradosFronteiras2175-07422011-06-011221151178648As polêmicas antiprotestantismo nas primeiras décadas do século XX: Cuiabá 1926, 1927Carlos Barros Gonçalves0Universidade Federal da Grande DouradosNas primeiras décadas republicanas setores da sociedade brasileira expressaram aversão às idéias e práticas de protestantes, sobretudo, de missionários vindos dos Estados Unidos, que juntamente às suas respectivas denominações1 foram identificadas com os supostos interesses imperialistas norte-americanos no país. Como estratégia de combate a essa aversão, as igrejas protestantes de missão se auto-identificaram como uma religião afeita aos ideais de civilização, modernidade e nacionalidade. A partir desse contexto, discorro, num primeiro momento, sobre as polêmicas antiprotestantismo e anticatolicismo em fins do século XIX e primeiras décadas do século XX. Posteriormente, analiso as controvérsias entre católicos e protestantes ocorridas na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, nos anos de 1926 e 1927. Para tanto, analiso o discurso imperialismo e protestantismo proferido pelo arcebispo de Cuiabá D. Francisco de Aquino Corrêa, publicado em forma de folheto, que vinculou a ação dos missionários protestantes no Brasil ao interesse imperialista dos EUA e os artigos do jornal A Penna Evangelica, que rebateu as críticas católicas e apresentou os missionários estrangeiros no país como propagadores da palavra de Deus, da paz e do progresso da nação. Na perspectiva do catolicismo, a propaganda antiprotestantismo pode ser entendida como a estratégia de uma instituição que passou a competir com outras manifestações religiosas para manter seu predomínio no campo religioso; na perspectiva protestante, a competição deu-se no sentido de afirmar posições e abrir espaços diante de uma Igreja confortavelmente instalada em termos institucionais e culturais.http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/1179Protestantismo. Catolicismo. Polêmica religiosa. |
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Nas primeiras décadas republicanas setores da sociedade brasileira expressaram aversão às idéias e práticas de protestantes, sobretudo, de missionários vindos dos Estados Unidos, que juntamente às suas respectivas denominações1 foram identificadas com os supostos interesses imperialistas norte-americanos no país. Como estratégia de combate a essa aversão, as igrejas protestantes de missão se auto-identificaram como uma religião afeita aos ideais de civilização, modernidade e nacionalidade. A partir desse contexto, discorro, num primeiro momento, sobre as polêmicas antiprotestantismo e anticatolicismo em fins do século XIX e primeiras décadas do século XX. Posteriormente, analiso as controvérsias entre católicos e protestantes ocorridas na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, nos anos de 1926 e 1927. Para tanto, analiso o discurso imperialismo e protestantismo proferido pelo arcebispo de Cuiabá D. Francisco de Aquino Corrêa, publicado em forma de folheto, que vinculou a ação dos missionários protestantes no Brasil ao interesse imperialista dos EUA e os artigos do jornal A Penna Evangelica, que rebateu as críticas católicas e apresentou os missionários estrangeiros no país como propagadores da palavra de Deus, da paz e do progresso da nação. Na perspectiva do catolicismo, a propaganda antiprotestantismo pode ser entendida como a estratégia de uma instituição que passou a competir com outras manifestações religiosas para manter seu predomínio no campo religioso; na perspectiva protestante, a competição deu-se no sentido de afirmar posições e abrir espaços diante de uma Igreja confortavelmente instalada em termos institucionais e culturais. |
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