Summary: | Com base em estudos e documentos de arquivo, explora-se o modo como as práticas médicas europeias que relacionavam dieta e saúde, no início do século XIX, foram transpostas para África, especificamente Moçambique. Examina-se a evolução das teorias europeias sobre o papel preventivo e terapêutico da alimentação, destacando-se as concepções da medicina humoral e a sua reconfiguração pela ciência iluminista. Descreve-se o hospital moçambicano, considerando as categorias de doentes assistidos e as doenças prevalecentes na região. Focam-se as alterações introduzidas na alimentação hospitalar, aproximando-a da europeia. Analisam-se essas modificações em articulação com os desenvolvimentos do discurso médico europeu, reconstruído pela fisiologia e pela química, em torno do corpo e dos alimentos.
|