Ventilação oscilatória de alta frequência em crianças: uma experiência de 10 anos

OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi descrever a experiência com ventilação oscilatória de frequência (VOAF) em uma unidade portuguesa de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos e avaliar se a VOAF permitiu uma melhoria na oxigenação e na ventilação. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo observ...

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Main Authors: Marta Moniz, Catarina Silvestre, Pedro Nunes, Clara Abadesso, Ester Matias, Helena Loureiro, Helena Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2013-02-01
Series:Jornal de Pediatria
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572013000100008&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-1d4614c555444694bd903d6cca02388c2020-11-25T00:56:03ZengElsevierJornal de Pediatria1678-47822013-02-01891485510.1016/j.ped.2013.02.008S0021-75572013000100008Ventilação oscilatória de alta frequência em crianças: uma experiência de 10 anosMarta Moniz0Catarina Silvestre1Pedro Nunes2Clara Abadesso3Ester Matias4Helena Loureiro5Helena Almeida6Hospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaHospital Prof. Dr. Fernando FonsecaOBJETIVOS: O objetivo do estudo foi descrever a experiência com ventilação oscilatória de frequência (VOAF) em uma unidade portuguesa de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos e avaliar se a VOAF permitiu uma melhoria na oxigenação e na ventilação. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo observacional em crianças submetidas À ventilação com VOAF entre janeiro de 2002 e dezembro de 2011. Os seguintes parâmetros foram registrados: dados demográficos e clínicos; gases sanguíneos; e parâmetros ventilatórios durante as primeiras 48 horas de VOAF. RESULTADOS: O estudo incluiu 80crianças com uma idade média de 1,5 mês (mínima: uma semana; máxima: 36 meses). Pneumonia (n = 50; 62,5%) e bronquiolite (n = 18; 22,5%) foram os principais diagnósticos. Cerca de 40% (n = 32) dos pacientes desenvolveram a síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). A ventilação mecânica convencional foi utilizada em 68 (85%) pacientes antes da VOAF. Todos os pacientes que começaram a VOAF tiveram hipoxemia, e 56 (70%) também apresentaram hipercapnia persistente. Duas horas após o início da VOAF, foi observada uma melhoria significativa na proporção SatO2/FiO2 (128 ± 0,63 em comparação a 163 ± 0,72; p < 0,001), que foi mantida durante as 24 horas de VOAF, e uma redução da FiO2. Desde o início da VOAF, a PCO2 média teve uma queda significativa (87 ± 33 em comparação a 66 ± 25; p < 0,001) e o pH aumentou significativamente (7,21 ± 0,17 em comparação a 7,32 ± 0,15; p < 0,001). A sobrevida geral foi de 83,8%. CONCLUSÕES: A VOAF permitiu uma melhoria na hipercapnia e na oxigenação. Trata-se de uma opção segura no tratamento da SARA e de doenças graves das pequenas vias aéreas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572013000100008&lng=en&tlng=enVentilação oscilatória de alta frequênciaCriançaInsuficiência respiratória agudaBronquiolitePneumoniaSíndrome da angústia respiratória aguda
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