Prolegômenos Schmittianos à energia política: Soberania, Legitimidade, Representação

Neste texto, tracei caminhos de pensamento sobre a energia especificamente política baseado nos escritos de Carl Schmitt. Fora do paradigma da ciência natural – nomeadamente da física – proponho-me contrastar a energia política com o poder, retraçando as linhas da oposição aristotélica entre energei...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Michael Marder
Format: Article
Language:Spanish
Published: Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS 2017-09-01
Series:Revista de Filosofia
Online Access:https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/7331
Description
Summary:Neste texto, tracei caminhos de pensamento sobre a energia especificamente política baseado nos escritos de Carl Schmitt. Fora do paradigma da ciência natural – nomeadamente da física – proponho-me contrastar a energia política com o poder, retraçando as linhas da oposição aristotélica entre energeia e dunamis. Do mesmo modo, na teoria constitucional schmittiana, “a constituição absoluta” encontra-se do lado da plenitude energética, enquanto a “constituição relativa” baseia-se na força da potencialidade e numa perpétua escassez inerente ao fenómeno da entropia. Finalmente, reformulei a crítica de Schmitt da democracia representativa parlamentar em termos de uma energia emprestada que separa obras políticas, ou instituições, dos trabalhos que as animam. Consequentemente, defendo que é possível repensar o político como energia, para além das associações tradicionais de poder, força e violência.
ISSN:0104-4443
1980-5934